Novacki mantém mesma equipe e promete restruturação na Secom

O militar Eumar Novacki, secretário-chefe da Casa Civil e que passou a acumular o comando da pasta da Comunicação Social do governo Blairo Maggi, anunciou nesta terça, na primeira reunião com servidores da Secom, que promoverá uma restruturação na pasta. Ele pretende separar três coordenadorias ou núcleos, sendo eles de Jornalismo, de Publicidade e de Marketing.

Para amenizar o clima tenso que se estabeleceu com a saída do secretário José Carlos Dias, já que os ocupantes de cargos comissionados se mostravam inseguros quanto à permanência ou não nos quadros da Comunicação, Novacki abriu o encontro que durou mais de uma hora, solicitando que cada servidor se apresentasse, declarasse a função e há quanto tempo estava na administração. Em seguida, adiantou que não tem pretensão de promover mudanças na equipe.

Ele manterá como adjunto da pasta Elpidio Spiezzi, assim como Carlos Martins na superintendência. O publicitário Júlio Valmórbida, que já atua na Casa Civil e vem conquistando espaço como um dos articuladores do Palácio Paiaguás, deve auxiliar Novacki junto à Secom, que detém um orçamento anual próximo de R$ 20 milhões. Ex-secretário de Estado de Comunicação, Valmórbida vai cuidar de ações estratégicas, principalmente nesta fase de reta final de uma gestão que já dura sete anos.

Cerca de 40 pessoas participaram da reunião, incluindo equipes de rádios, TV, texto, orçamento, aquisição e de limpeza. Uma das reclamações ouvidas pelo novo secretário é sobre o remanejamento de profissionais lotados na Secom, mas que estão trabalhando em outros órgãos, o que desfalca e sobrecarrega as equipes. Ao todo, a estrutura da máquina estadual emprega mais de 200 jornalistas. Mais de 60% estão "encostados" nas secretarias.

Ao receber o convite de Maggi para conduzir a Comunicação ao menos pelos próximos três meses até que o Paiaguás defina um novo secretário, Eumar Novacki obteve do governador autonomia para tomar a decisão que achar correta. Mesmo sem experiência na área, o militar resolveu encarar a missão, a exemplo do que já aconteceu em outros governos, quando, diante do desfalque na Secom, o secretário da Casa Civil acaba assumindo o posto temporariamente.