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Politica Brasil
Terça - 07 de Abril de 2009 às 09:02

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Ele virou uma pedra no sapato do governador Blairo Maggi e um problema-solução para o PR. O deputado Sérgio Ricardo é o nome do partido que melhor pontua nas pesquisas de intenção de voto tanto para governador quanto para senador. Apesar disso, é rejeitado pela chamada turma da botina. Alheio às amostragens quantitativas (e não qualitativas) que detectam os principais pré-candidatos, o grupo ligado a Maggi entende que o ex-presidente da Assembleia e hoje primeiro-secretário da Mesa Diretora não tem perfil para liderar uma chapa majoritária. Considera Sérgio um político populista e demagogo.

O imbróglio é porque o nome do deputado é o único que se apresenta com competitividade dentro do PR. Os demais, como o empresário Mauro Mendes, o prefeito de Água Boa Maurício Tonhá, o ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti e até mesmo o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que já "jogou a toalha", figuram com percentuais insignificantes nas pesquisas. Isso desmotiva esses republicanos e se lançar à disputa. Mesmo se tratando do maior partido, temem naufrágio do barco por causa do desgaste natural de um governo que está prestes a concluir oito anos de mandato. A tendência é que o PR venha a abrir mão de lançar candidato a governador para priorizar Maggi ao Senado e facilitar as composições políticas.

Enquanto o PR bate-cabeça, Sérgio Ricardo, que começou na vida pública como vereador pela Capital e já está no segundo mandato de deputado, tira proveito do espaço político aberto. Sua principal vitrine hoje é um programa que apresenta diariamente na TV Cidade (SBT), agora via satélite para todo o Estado. Maggi nem cita o nome do deputado como virtual candidato ao Palácio Paiaguás. Ele deve ficar mais na bronca ainda porque o nome de Sérgio começa a ser cogitado também como opção ao Senado, cargo almejado pelo governador.

Trunfo

Aliados do próprio Sérgio acreditam que o deputado esteja blefando sobre disputa majoritária em 2010. No fundo, ele tenta se valorizar para, assim como conseguiu chegar à presidência da AL e se manter na Mesa como primeiro-secretário, também garantir cadeira vitalícia de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Se a investida for bloqueada, buscará novo mandato de parlamentar. Sérgio Ricardo vem numa carreira política "meteórica". Já militou no PMN, no extinto PFL (hoje DEM) e PPS até chegar no PR. Por mais que a própria classe política o menospreze, ele tem ocupado espaço, tanto que sua votação para cargo no Legislativo aumenta a cada pleito. Foi assim como vereador e depois como deputado. Já para posto no Executivo, o teste nas urnas estar por vir.





Fonte: RD News

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