6 políticos fracassam na tentativa de eleger familiares
Seis políticos que tentaram elegeram familiares ou parentes no ano passado fracassaram com a resposta das urnas. Por outro lado, 11 conseguiram mais um passo para perpetuação no poder dentro da chamada familiocracia. Um dos que mais sentiram a derrota foi o senador Jayme Campos. Os seus irmãos Júlio, em Várzea Grande, e Dito Paulo, em Jangada, perderam na disputa a prefeito. Dito, aliás, buscava a reeleição. Para piorar, a irmã e então vereadora por Cuiabá, Márcia Campos, desistiu da reeleição de última hora. Todos os quatro Campos são do DEM.
Em Rondonópolis, o deputado federal Wellington Fagundes (PR), que perdeu duas vezes para prefeito (2000 e 2004), não conseguiu êxito com o filho João Antonio, derrotado a vice-prefeito na chapa pura encabeçada por Adilton Sachetti. A também deputada Thelma de Oliveira (PSDB) não teve força política suficiente para eleger vereador em Cuiabá o sobrinho Leonardo de Oliveira. A deputada estadual Chica Nunes (PSDB) não garantiu cadeira de vereador ao sobrinho Tiago Nunes na Capital, mas contribuiu com a vitória do marido Marcelo Ribeiro (PP) a prefeito de Barão de Melgaço. O problema é que Marcelo foi cassado por compra de votos. É a mesma situação dos irmãos Henry em Cáceres. O deputado federal Pedro Henry até se licenciou da Câmara Federal para assegurar a vitória do irmão Ricardo, que acabou cassado por crimes eleitorais.
Em Diamantino, o empresário Amarildo Monteiro (PTN) exagerou. Concorreu a prefeito com a esposa Sandra Castro Monteiro de vice da chapa. O casal "morreu abraçado" nas urnas. O vereador cuiabano Lúdio Cabral (PT) fez campanha também para vereador do irmão Frank Mendes Cabral em Cáceres, que foi derrotado. O ex-prefeito e deputado estadual Percival Muniz (PPS) também fez barulho com o nome do sobrinho Tiago Muniz para vereador em Rondonópolis, mas os eleitores disseram "não".
Vitoriosos
Em Chapada dos Guimarães, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e ex-deputado Chico Daltro (PP) tem agora o irmão Flávio Daltro como prefeito. O vice Elias Santos (PMDB) é irmão do prefeito da Capital Wilson Santos (PSDB). O cacique político do Araguaia, Wanderlei Farias (PR) não só voltou ao comando da prefeitura, como ajudou na eleição do sobrinho Leonardo Farias, prefeito de Novo São Joaquim, e do primo Walter Farias (PR), que passou a comandar Canarana. Numa situação inusitada, o governador Blairo Maggi (PR) assistiu a reeleição do primo-prefeito César Maggi, em Sapezal, inclusive sem adversário.
O ex-prefeito de dois mandatos de Alto Araguaia, Maia Neto (PR), elegeu à vereadora a sobrinha Sylvia Maia Santos (PTB). O ex-governador Rogério Salles (PSDB) tem agora a mulher Marília Salles no cargo de vice-prefeita de Rondonópolis. O ex-vereador por Lucas do Rio Verde e ex-deputado federal Neri Geller (PSDB) conseguiu eleger o irmão Milton Geller para prefeito de Tapurah. O ex-prefeito de Santo Antonio do Leverger, Eduardo Belmiro, o professor Edu (PSDB), possui hoje três membros da família na Câmara Municipal: o filho Wagner Belmiro da Silva (então suplente e agora vereador) e os sobrinhos tucanos Flankin Belmiro e Edson Batista. O deputado estadual José Domingos (DEM) consegue eleger o irmão Neurilan Fraga (PR) prefeito de Nortelândia.
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