Presidente da OAB cogita a reeleição
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Francisco Faiad, admitiu a possibilidade de disputar o terceiro mandato consecutivo a frente da instituição. Ele já avisou os aliados do grupo que comanda a entidade há quase 12 anos que, se não houver um consenso, pode enfrentar novamente o páreo.
Faiad faz questão de frisar que, pessoalmente, não tem interesse em se candidatar mais uma vez. Ressalta, no entanto, que o Estatuto da Ordem não prevê qualquer proibição para reeleições consecutivas. A próxima eleição na OAB ocorrerá em 19 de novembro e a futura Diretoria vai ocupar o mandato por três anos.
"A minha preferência pessoal não é ser candidato mais uma vez, mas temos sim essa discussão e me coloquei à disposição do grupo se não houver um consenso em torno de um nome", afirma Faiad, eleito pela primeira vez em 2003 e reconduzido ao cargo em 2006.
Apesar de admitir uma nova candidatura, o atual presidente defende o consenso para a disputa, inclusive a partir da discussão com a oposição. Nos últimos meses, os adversários intensificaram as críticas à gestão diante da indicação para os tribunais através do quinto constitucional. Isso levou a antecipação dos embates.
Atualmente, os advogados João Celestino, Pedro Taques e José do Patrocínio são alguns dos mais cotados para a eleição. Os dois primeiros admitem abertamente interesse no pleito e não escondem críticas ao grupo de Faiad, que comanda a OAB desde a eleição de Rubens de Oliveira e Ussiel Tavares. Taques critica até a possibilidade de uma terceira candidatura do atual presidente. "Infelizmente, é como dizem: em casa de ferreiro, espeto de pau. A OAB é uma das entidades que mais defendem a democracia e o limite à reeleição. Pena que o nosso Estatuto não prevê isso também". A mesma crítica fazem advogados como Bruno Boaventura, um dos mais críticos a atual gestão. Ele alega que a perpetuação do poder e a personificação do poder em uma pessoa atrapalham a democracia interna na Ordem.
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