Camargo Corrêa diz que doa recursos em função de ideais políticos

A Camargo Corrêa deu sua versão para aplicação de dinheiro na campanha em Nortelândia, Mato Grosso. Genérica, a empresa afirma que escolhe os candidatos para os quais doa "em função de seus ideais". Segundo a empresa, pesam na decisão o compromisso do candidato com temas como crescimento do país, educação e situação de crianças e adolescentes. As doações, segundo o grupo, são feitas de forma "plural", ou seja, para vários partidos. Os valores são estabelecidos segundo a realidade econômica das cidades.

A empresa diz que a fazenda Camargo emprega 160 pessoas e gera divisas para o município na medida do possível - além de pagar todos os impostos que a lei exige. Informou também à "Folha" que não se paga royalties sobre o uso do rio, de acordo com a Camargo Corrêa, porque toda a produção da usina é para consumo próprio, localmente e nos escritórios de São Paulo, o que é permitido.

A empresa também diz que tem licenciamento ambiental do governo do Estado, que a usina não altera a vazão natural do rio e que, em períodos de estiagem, há uma limitação de operação, sempre assegurando um fluxo mínimo para não prejudicar a fauna marinha. A construtora nega ter havido desmatamento e diz ter autorização do Ibama para uma pequena criação de javalis, cerca de 40 animais. A Camargo Corrêa afirma ainda que tem ações sociais na cidade, em áreas como reforma de escolas e capacitação profissional.