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Quinta - 27 de Junho de 2013 às 09:16
Por: Thais Festa

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A Justiça suspendeu o novo júri popular de Vilmar Taffarel, previsto para sexta-feira (28), na comarca de Sinop. A juíza da primeira vara criminal, Rosângela Zacarkim dos Santos, determinou que o processo retorne para a secretaria para aguardar o julgamento definitivo do recurso da defesa perante ao Supremo Tribunal de Justiça. O recurso refere-se a decisão de desaforamento do julgamento para esta comarca. "Ainda observou-se que submeter o réu a um novo julgamento antes de uma decisão final configuraria demasiado constrangimento". O fazendeiro é acusado de ser o mandante do atentado contra o ex-vereador em Vera Augusto Alba, que resultou na morte da filha dele, Keyla Suele Alba, na época com 12 anos, em novembro de 2001. 


 
Uma nova medida dentro do processo é um outro recurso para um novo julgamento foi ingressado pela promotora de Justiça da comarca de Vera, Clarissa Cubis de Lima e o promotor Paulo Dancieri. A promotoria pede condenação por homicídio duplamente qualificado, a pena varia de 12 a 30 anos de prisão.


 
O réu, conforme Só Notícias já informou, já foi levado a júri popular em novembro de 2005, na comarca de Vera e foi absolvido. Na época, ele estava preso e foi solto após a decisão. O Ministério Público interpôs recurso de apelação para que fosse anulado o julgamento e submetido a um novo. Em resposta, o réu manejou diversos recursos como "embargos declaratórios, recurso especial, extraordinários e agravo de instrumento, os quais foram negados".


 
De acordo com a denúncia, "no dia do crime Charles Borges da Silva utilizando-se de arma pistola calibre 9mm atingiu a vítima Keyla, provocando-lhe a morte". O fazendeiro é acusado de ter oferecido R$ 5 mil para que Tarcísio Ribas Thiesen matasse o vereador, alegando "que ele lhe estaria incomodando e lhe ameaçando de morte". Tarcísio teria passado o serviço e vendido a arma utilizada no crime para seu funcionário Isaías, que sub-empreitou a morte do vereador para Charles, o executor do crime, lhe entregando a arma que havia adquirido.


 
No documento consta ainda que o réu Isaías foi com Charles até a casa da vítima e ficou aguardando no carro enquanto o comparsa cumpria o acordo. Ele bateu palma e pediu um copo com água para a vítima Keyla. Seu pai Augusto, pegou o copo de sua mão e seguia até o portão quando o réu Charles efetuou os primeiros disparos. As vítimas correram para dentro da casa, mas foram perseguidas por Charles, que continuou atirando. Acreditando que teria matado Augusto, ele foi embora e soube somente no dia seguinte que errou o alvo e matou a menina". Os dois teriam dividido o dinheiro dado pelo fazendeiro.


 
Em 2006, Tarcísio foi condenado a oito anos em regime semi-aberto. Já Isaías foi sentenciado a 14 anos em regime inicial fechado. Charles levou 16 anos de prisão.


 
Vilmar é irmão da ex-prefeita de Vera Isani Konerat, a quem Alba fazia oposição, na câmara. O ex-vereador denunciou, na época, a gestão municipal por contratar servidores temporários de forma irregular, fraude nas prestações de contas de obras financiadas pelo governo do Estado e uso indevido de máquinas da prefeitura.


 
O advogado e ex-deputado federal, Roberto Jefferson, foi assistente da acusação, no primeiro julgamento. Ele afirmou, com base no processo, não ter dúvidas "que Vilmar foi o mandante" do atentado contra o ex-vereador, que resultou na morte da filha dele. O advogado de defesa foi Claudio Alves Pereira.





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