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Politica Brasil
Terça - 31 de Março de 2009 às 14:53
Por: Luiz Acosta

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A principal desavença interna no Partido da República em Mato Grosso, conforme MidiaNews apurou, é a disputa por espaços dentro do Governo do Estado. E o descontentamento é observado, principalmente, da parte de ex-prefeitos, que continuam insistindo em garantir uma "boquinha" no serviço público; e prefeitos, que também querem um quinhão para acomodar parentes e apaniguados no terceiro e quarto escalões.

Entretanto, o governador Blairo Maggi não parece disposto a atender a nenhum pedido dessa natureza, em nome da austeridade administrativa que ele sempre pregou e, principalmente, por causa da crise econômica, que pode colocar as finanças estaduais em risco, com a queda da arrecadação.

Recentemente, o secretário-chefe da Casa Civil, major PM Eumar Novacki, anunciou que o Governo está trabalhando no sentido de promover um enxugamento na máquina administrativa, e não descartou a possibilidade de ocorrerem demissões em diversos órgãos e secretarias para reduzir o grande volume de cargos comissionados (DAS). Esses cargos, por sinal, são utilizados, na maioria das vezes, exatamente para acomodação de pessoas indicadas por políticos, por conta dos compromissos de campanha eleitoral.

Sem chance

O presidente regional do PR, Moisés Sachetti, que participou, na segunda-feira (30), da reunião de "emergência" convocada pelo governador, para desmentir os boatos de que estaria negociando sua ida para um ministério do Governo Lula e reafirmar sua condição de pré-candidato ao Senado Federal, disse que uma das recomendações de Blairo Maggi foi para que as lideranças procurem contornar essa situação junto aos denominados "rebeldes" do partido.

"A situação no partido é contornável. Temos que fazer alguns companheiros entenderem que, muitas vezes, as coisas não acontecem como a gente quer e espera", disse Sachetti, referindo-se ao atendimento de pedidos por cargos na administração pública.E completou: "Há um momento em que o balão enche muito e tem que ser esvaziado para não correr o risco de estourar".

De acordo com o líder republicano, é normal que cada partido tenha suas aspirações individuais, como também é normal o Governo deixar de atender aqueles pedidos que considerar fora daquilo que foi acordado. Portanto, segundo ele, não existe, pelo menos no momento, nenhuma disposição do governador em atender pedidos de novas nomeações.

"O governador Blairo Maggi sempre foi muito austero e não acredito que ele vá ceder num momento difícil como o que estamos enfrentando. A crise só está começando, tem muita coisa para acontecer ainda. Antes, se falava em crise financeira, agora, a crise é econômica e isso é muito preocupante porque afeta diretamente os setores produtivos do país e os reflexos são imediatos, principalmente na geração de emprego e renda", completou Sachetti.





Fonte: Midia News

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