Senador tucano diz que tem assinaturas para instalar CPI
Após a manobra de lideranças republicanas para "barrar" a criação da CPI do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão comandado pelo "afilhado" político do governador Blairo Maggi (PR), Luiz Antônio Pagot, o senador tucano Mario Couto (PA) anunciou nesta segunda (30) que já conseguiu reunir, novamente, quase todas as assinaturas necessárias para instituir a comissão. Havia a expectativa de que a CPI fosse instalada na semana passada, porém quatro senadores retiraram as assinaturas do pedido - saiba mais aqui. São necessárias 27 assinaturas de parlamentares para que o Senado institua a CPI.
Mario Couto disse que encaminharia, ainda nesta segunda, ao Ministério Público Federal (MPF) relatórios apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontam superfaturamento em obras administradas pelo Dnit. O senador pedirá aos procuradores uma investigação no órgão. "Eu não vou desistir", afirmou Mário Couto. "Foi um ano e meio de luta, que derrubaram em uma hora, mas não vão me derrubar. Junto com outros senadores sérios desta Casa, nós vamos mostrar a sujeira que existe dentro do Dnit", disparou o tucano, da tribuna do Senado.
Ele argumentou que há no DNIT "uma situação de corrupção estabelecida". Segundo ele, esta seria a razão para que obras não possam ser realizadas, como, por exemplo, a conclusão da rodovia Transamazônica, a das eclusas do Rio Tucuruí, a rodovia Santarém-Cuiabá, entre outras. "Não podem ser realizadas por causa da corrupção que já se estabelece dentro do Dnit e os senadores não deixam que seja apurada. Não deixam que se mostre à Nação e ao estado do Pará (do qual é representante) por que as obras não são realizadas", afirmou o senador.
Em apartes, manifestaram apoio à instalação da CPI do Dnit os senadores Papaléo Paes (PSDB-AP), Paulo Paim (PT-RS), Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) e Alvaro Dias (PSDB-PR).
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