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Politica Brasil
Segunda - 30 de Março de 2009 às 15:48
Por: Luiz Acosta

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Caso o governador Blairo Maggi realmente vire ministro dos Transportes do Governo Lula, como insinua nos meios políticos (MidiaNews reproduziu matéria do jornal A Gazeta sobre o assunto), qual vai ser o destino do PR em Mato Grosso? Será que isso ajuda o partido a criar musculatura para disputar em igualdade de condições o Governo do Estado? Ou a sigla passará por um grande processo de esvaziamento, como ocorreu com várias outras que estiveram no poder, entre as quais o PPS, pelo qual Maggi se elegeu e reelegeu e depois migrou, convenientemente, para o recém-criado Partido da República, levando consigo grande parte dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados e outras lideranças?

E, se isso acontecer (Maggi virar ministro), como vão ficar as "viúvas" do partido em Mato Grosso? Serão elas capazes de continuar desfraldando a bandeira republicana? Silval Barbosa (atual vice-governador, do PMDB) conseguirá, finalmente, firmar sua candidatura como sucessor de Blairo Maggi no Palácio Paiaguás? Ou vai perder espaços para o atual prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), e acabar sendo obrigado, por uma questão de sobrevivência, a apoiar a candidatura do senador Jayme Campos (DEM), o único que não tem nada a perder nesse processo eleitoral?

Essas e muitas outras perguntas surgem diariamente e cada tentativa de resposta termina por abrir um outro leque de amplas possibilidades interpretativas. Como, por exemplo: se Maggi virar ministro dos Transportes, vai ter necessidade de manter Luiz Antonio Pagot, atual diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), ou vai abrir uma porta para que o "trator" do atual governador - como ficou conhecido -, retorne para Mato Grosso para retomar sua candidatura ao Governo do Estado, com todo respaldo de um dos ministérios mais importantes da República?

O problema é que Blairo Maggi não está costurando só o acordo para tentar eleger seu sucessor no Estado, mas, sim, está cada vez mais de olho na possibilidade de poder usar o Ministério dos Transportes (caso chegue lá) como uma ponte para conseguir a indicação de vice na chapa da atual ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que está sendo a mais cotada para disputar a sucessão de Lula.

Muitos duvidam dessa "engenharia" política, mas vale lembrar que ela também faz parte do show de elocubrações diárias e que, assim como as demais possibilidades que se apresentam por aí, também é válida, pode (e deve) ser considerada. Afinal, com a morte do senador Jonas Pinheiro (DEM), o governador, até por ser de origem rural e, reconhecidamente, o maior produtor de soja individual do mundo, passa a ser a principal referência do agronegócio no País. Tem, portanto, portas abertas dentro e fora do Brasil.

Veja até onde nos leva o exercício da somatória de possibilidades. E não pense que para por aí. Porém, o objetivo é saber, principalmente, em nível de Mato Grosso, o que vai acontecer com o Partido da República?





Fonte: Midia News

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