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Politica Brasil
Segunda - 30 de Março de 2009 às 08:49

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Mesmo a um ano e seis meses das eleições gerais, nenhum nome se desponta como pré-candidato a governador. Líderes políticos e partidos "batem-cabeça". Por enquanto, três assumem o desejo de disputar a cadeira ocupada hoje por Blairo Maggi (PR): o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e o senador Jayme Campos (DEM). Destes, Silval é o que se vê numa situação mais privilegiada. O PR, maior legenda no Estado, só tem priorizado o nome do governador Blairo Maggi para a senatória. O nome do deputado Sérgio Ricardo não tem respaldo do partido para concorrer à sucessão estadual. Mesmo assim, ele se mantém no páreo.

Em que pese perder para Santos no palanque, já que o tucano se sobressai bem em termos de oratória e debate, o peemedebista deve assumir o comando do Estado ou em janeiro ou a partir de abril e, assim, concorrerá ao Palácio Paiaguás no cargo de governador. Isso aumentará seu poder de barganha, além de colocá-lo numa situação de vantagem por causa da máquina, que emprega quase 90 mil servidores e detém um orçamento hoje de R$ 7,7 bilhões. Também ajuda Silval o fato do governador Blairo Maggi tê-lo como um vice de confiança, o que aumenta a chance de contar com apoio da turma da botina e de partidos como PR, PT e até do PP. Os analistas observam também que Silval possui bom trânsito com todos os partidos e grupos políticos e pertence a uma legenda bem estruturada no Estado. Pesa politicamente contra Silval o "discurso fraco" e a forma evasiva como se posiciona sobre alguns temas.

No caso de Wilson Santos, apesar de estar hoje num PSDB esfacelado (em 2002, com Dante de Oliveira no governo o partido tinha 55 prefeitos e hoje são apenas 7), ganha força por causa do projeto nacional. O tucanato tem dois governadores como fortes candidatos à sucessão presidencial: José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Isso traz reflexo em Mato Grosso, inclusive quanto às alianças. O DEM, por exemplo, é aliado dos tucanos nacionalmente há vários anos. Essa composição pode se repetir no Estado. Santos tem a chance também de aglutinar descontentes com o governo Maggi por causa do desgaste natural de uma administração que completará oito anos à frente do Palácio Paiaguás. Por outro lado, pesa sobre os ombros as dificuldades que tem encontrado para administrar Cuiabá, principalmente agora com problemas para executar os R$ 238 milhões de obras do PAC, o que pode dar munição aos adversários no sentido de taxá-lo de incompetente.

Jayme Campos não tem nada a perder. Se derrotado ao governo, ainda continuará no mandato até 2012. Não precisa nem renunciar e muito menos pediu licença do cargo que ocupa hoje para disputar o Paiaguás. O cacique democrata tem a vantagem de, com seu estilo populista, agradar a quase todos os partidos. Seu nome agrada até a turma da botina porque, se eleito, criaria chance do PR ter dois senadores: Blairo Maggi, que deve concorrer mesmo ao posto, e o primeiro-suplente de Jayme, Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit.

Alternativas

Em meio a um quadro confuso, surgem nos bastidores nomes que poderiam até "sacudir" o processo eleitoral mas, por outro lado, corre-se o risco de não se viabilizar devido ao curto espaço de tempo. O PP tem no presidente da Assembleia, deputado José Riva, a principal aposta para o Senado. Caso Riva venha a recuar, abrindo espaço na majoritária para composição, o partido poderia lançar o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, ao cargo de governador. Isso, porém, é uma possibilidade remota porque os olhos do cuiabano Figueiredo estão fixados no próprio Ministério, com chances reais deste virar ministro, já que Márcio Fortes (PP) articula candidatura a senador pelo Rio de Janeiro. O juiz federal Julier Sebastião da Silva e outro que, nos bastidores, não descarta entrar no páreo.





Fonte: RD News

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