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Politica Brasil
Domingo - 29 de Março de 2009 às 11:05

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Escalado como espécie de porta-voz dos rebeldes do PR que estão descontentes com o Palácio Paiaguás, o deputado Mauro Savi está disposto a ter uma conversa dura com o governador Blairo Maggi, principal estrela do partido. Ao menos nos bastidores, ele desanca a administração e, numa demonstração de que o partido está desarticulado, sem rumo e prestígio no Palácio Paiaguás, Savi vai anunciar a desistência da pré-candidatura a deputado federal.

Na última reunião interna da Executiva da legenda, o líder do governo na Assembleia defendeu mudança de postura de Maggi. Ele entende que "a gestão vai bem, mas o PR vai mal". Observa que o governador, logo nas primeiras pressões, abre espaço para os partidos aliados, como PP, PT e DEM e, quando chega a vez do PR, toma decisão isolada, sem consultar o diretório estadual, hoje sob Moisés Sachetti. Mesmo se tratando da maior legenda do Estado, com 33 prefeitos, 17 vices, mais de 200 vereadores, 5 deputados estaduais e 2 federais, o Partido da República não tem uma indicação no primeiro escalão de um governador que pertence à própria sigla. Em que pese quase todos secretários estarem filiados ao PR, as indicações são pessoais do governador.

Comissão

Savi lidera uma comissão de cinco pessoas escolhidas para a reunião com Maggi, que ainda não agendou o encontro. Da direção estadual participam o presidente Sachetti e o secretário-geral Emanuel Pinheiro, e mais o líder da bancada na AL, João Malheiros, e os federais Wellington Fagundes e Homero Pereira. O grupo de rebeldes vão dizer ao governador que o PR começou a perder filiados, que está difícil "segurar" as bases que se sentem desprestigiadas, inclusive porque nas inaugurações de obras no interior os diretórios municipais não são comunicados e que é preciso o partido criar perspectiva de poder às eleições gerais de 2010.

Até agora, o PR só tem Maggi como pré-candidato majoritário. Ele deve concorrer ao Senado. O partido cobra uma posição mais firme do governador quanto à definição. Quer saber se ele vai mesmo tentar cadeira no Congresso Nacional, assumir o Ministério dos Transportes do governo Lula, como se comenta nos bastidores, ou se ficará de fora do processo eleitoral. Esse impasse de Maggi, segundo a comissão de rebeldes, tem desmotivado os filiados. Quer também sintonia do Paiaguás com a direção partidária e que seu presidente Sachetti tenha espaço para participar das ações do governo e da discussão sobre nomeações. Cobra ainda que representantes de partidos governistas atuem com maior interação e respeito para com o PR, ou seja, dentro dos interesses partidários.





Fonte: RD News

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