16 suplentes já estrearam como deputado em 2 anos
Em apenas dois anos 16 suplentes se efetivaram ou assumiram cadeiras nesta 16ª Legislatura (2007/2010) da Assembleia. O último a ser empossado foi o ex-vereador por Cuiabá e terceiro suplente da coligação Unidade Ética por Mato Grosso (PTB, PTN, PAN, PRTB, PMN, PTC, PSB e PV), Mario Lúcio (PV). Ele ocupa o cargo desde quarta (25), por 121 dias, no lugar da ex-suplente e hoje titular Vilma Moreira (PSB), que se licenciou para tratamento de saúde. Vilma foi beneficiada com a vaga de Chico Galindo (PTB), agora vice-prefeito de Cuiabá. O petebista, por sua vez, já havia se afastado por um curto período em favor de um outro suplente: Manoel José da Silva (PR), o Branquinho, que preside a Câmara Municipal de Nova Xavantina.
Cada deputado recebe R$ 12,5 mil de subsídio por mês, tem direito a mais R$ 15 mil a título de verba indenizatória, controla R$ 30 mil de verba de gabinete e usufrui de outros privilégios, como um veículo Corolla à disposição do gabinete.
Em meio a tantas "dança" de cadeiras, o PR, criado há menos de dois anos, se tornou dono da maior bancada, com 5 deputados.
O maior privilegiado com o chamado rodízio entre titulares e suplentes é o petista Alexandre Cesar, derrotado a prefeito de Cuiabá em 2004. Ele teve 18.412 votos. Ficou na primeira suplência. Como o PT integrou a base do governo Blairo Maggi, indicou o deputado Ságuas Moraes para o comando da pasta da Educação. Assim, desde o início de 2007, Cesar virou deputado na cadeira do colega que foi para o Executivo. A coligação Mato Grosso Unido e Forte (PPS e DEM), responsável pela eleição de 10 deputados, também efetivou grande parte de candidatos não-eleitos. Com 19.594 mil votos, o primeiro suplente Wagner Ramos (PPS), de Tangará da Serra, assumiu a vaga de Humberto Bosaipo (DEM), atualmente conselheiro do TCE. Já o ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos, Roberto França (sem partido) parecia "condenado" a ficar sob os holofotes apenas em seu programa televisivo Resumo do Dia. Após deixar o Palácio Alencastro, ele acabou beneficiado pela linceça para tratamento de saúde do deputado Gilmar Fabris (DEM), que durou quase dois anos. Mesmo após o retorno do democrata, França conseguiu se sustentar no cargo, agora com a licença de Sebastião Rezende (PR).
Já o primeiro suplente da coligação Unidade e Trabalho II (PMDB e PR), ex-prefeito de Rondonópolis, Jota Barreto (PR), assumiu em definitivo a cadeira deixada por Juarez Costa (PMDB), eleito prefeito de Sinop. A exemplo do companheiro de coligação, o terceiro suplente Antonio Brito (PMDB), também foi beneficiado com a eleição do então deputado Zé do Pátio para prefeito de Rondonópolis. Nilson Santos (PMDB), de Colíder, ganhou cadeira na Assembleia com a cassação de Walter Rabello (PP) por infidelidade partidária. Otaviano Pivetta se afastou duas vezes para contemplar os suplentes Erival Capistrano, hoje prefeito de Diamantino, e Wilson Kishi, que virou vice-prefeito de Cáceres.
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