OAB pede afastamento de juíza para evitar descrédito para o Judiciário

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, pediu nesta quinta-feira ao corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Manoel Ornellas de Almeida, o afastamento urgente da juíza Maria das Graças Gomes da Costa. Segundo Faiad, a magistrada mantém em seu gabinete, no Fórum, na cidade de Sinop, no Norte do Estado, o seu companheiro, Antenor Alberto de Matos Salomão. Ele foi investigado pela Polícia de São Paulo e está a promover constrangimento a advogados, partes em processo e até mesmo a funcionários.

No ofício ao corregedor Ornellas, o presidente da OAB destaca que é de domínio público o passado de Antenor. Em 2002, ele foi detido em flagrante quando tentava agarrar a secretária R. K., 20, perto da estação Sumaré do metrô, em São Paulo, por volta das 22h30. Dois policiais militares que passavam no local no momento escutaram os gritos de R. e em seguida efetuaram a prisão de Salomão.

Mas o que mais preocupa a classe dos advogados, particularmente, diz respeito a atuação do companheiro escolhido pela magistrada. “A juíza e seu companheiro continuam a intimidar funcionários, demitindo aqueles que testemunharam em procedimento administrativo. A situação é crítica” – explicou o presidente da Ordem.

Ele denunciou também que a magistrada e Antenor também estão ameaçando advogados e afugentando todos aqueles que querem ter uma audiência com a magistrada. “Essa é uma situação atípica e que exige uma urgente medida por parte da direção do Judiciário de Mato Grosso” – disse Faiad.

O presidente da OAB lembrou que a magistrada já recebeu advertência por parte do Tribunal de Justiça em função de sua atuação. Contudo, as atitudes não mudaram e a reclamação é constante. “Pelo bem da Justiça, da credibilidade do Judiciário, sugerimos que haja essa intervenção firme” – destacou