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Politica Brasil
Quinta - 26 de Março de 2009 às 16:27
Por: Luiz Acosta

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Preparando terreno para a disputa da sucessão do governador Blairo Maggi (PR) no ano que vem, o Democratas fará, nesta sexta-feira (27), a partir das 9h, na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o primeiro encontro político deste ano, com lideranças políticas da Baixada Cuiabana.

Além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores, também estará presente o senador Jayme Campos, virtual candidato da sigla à sucessão do governador Blairo Maggi. Jayme, apontado líder nas intenções de voto para o Governo, em recente levantamento do Instituto Voice de Pesquisas, deve ter sua pré-candidatura lançada oficialmente durante o encontro do DEM.

Em situação privilegiada, Jayme Campos usa a mesma estratégia política de sempre: não assume a pré-candidatura, porém, também não a descarta, dizendo que seu nome está à disposição do partido. Nesse caso, ele joga a responsabilidade da decisão para as bases.

Na verdade, o senador democrata quer evitar, astutamente, uma superexposição desnecessária do seu nome nesse momento, para não sofrer o mesmo tipo de desgaste que Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), nome preferido do governador Blairo Maggi para disputar sua sucessão, e que sofreu desgaste, ao lançar extemporaneamente seu nome como pré-candidato do Partido da República.

Luiz Antonio Pagot despertou não só ciúmes dentro do partido, mas também a ira de outros companheiros de sigla que também têm a mesma pretensão, como o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo.

Mesmo com a situação no DEM sendo diferente, uma vez que Jayme Campos é hoje a maior liderança do partido, o senador prefere não correr riscos desnecessários. "Sou um homem de partido. Se o DEM achar que devo ser candidato, vamos sentar, conversar e definir as coisas. Se achar que tem que ser outro companheiro, tudo bem, vamos trabalhar e ajudar. O que não pode acontecer é o partido não ter candidato e ir à reboque de outras siglas", ddisse o senador ao MidiaNews.

Pessoas mais próximas do senador não perdem o bom-humor e até brincam com a situação, ao afirmarem que o maior empecilho para a candidatura de Jayme Campos é a questão financeira. Conhecido como "bolicheiro" (dono de pequeno comércio) e "mão-de-vaca" (pão-duro) contumaz, Jayme, de acordo com amigos, desiste de qualquer candidatura, se tiver que tirar dinheiro do próprio bolso para bancar campanha.

Politicamente, sua situação é bastante confortável, já que, em 2010, estará chegando à metade do mandato de oito anos e com a vantagem de não precisar se desincompatibilizar do cargo para concorrer ao Governo.

Oscar desconversa

Mesmo afirmando que o DEM tem o compromisso, formalizado em documento lavrado na convenção do ano passado, de disputar as eleições de 2010 com candidato próprio ao Governo, o presidente da sigla, ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Oscar da Costa Ribeiro, afirma que a Executiva Regional ainda não falou com o senador a respeito da sua candidatura.

"O que nós temos definido é que o DEM vai ter candidato ao Governo. Agora quem será, é a base do partido quem vai dizer. É natural, pela sua expressividade política, que o senador Jayme [Campos] seja lembrado e até em função das pesquisas que estão sendo veiculadas. Mas, quem deve dizer se quer ou não ser candidato é ele. Nós não podemos impor uma candidatura", argumentou Oscar Ribeiro, exímio articulador político.

Segundo o digirente democrata, o encontro de sexta-feira terá como pauta principal a discussão dos problemas que os municípios da Bancada Cuiabana enfrentam, entre os quais: falta de opções para geração de emprego e renda, Saúde, Segurança Pública, Transporte e Habitação.

"São essas questões que nos motivaram a começar os Encontros que o partido vai fazer ao longo desse ano, pela Baixada Cuiabana, que vive problemas semelhantes. Depois, voltarmos atenção para outras regiões, para que possamos elaborar um Programa de Governo consistente e de acordo com a realidade do Estado", concluiu o presidente democrata.





Fonte: Midia News

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