Wilson Santos monta planos e vai encarar disputa a governador
Wilson Santos está mesmo determinado a renunciar ao mandato de prefeito da Capital, detentora de um orçamento anual de R$ 1 bilhão, para enfrentar a corrida ao governo do Estado nas urnas de 2010. Ele já delegou várias atribuições ao vice Chico Galindo (PTB), secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, de modo a ficar com a agenda mais livre.
Nos bastidores, em que pese enfrentar uma série de desgastes, principalmente por causa de embaraços na execução das obras do PAC, o tucano desenha um quadro marcado por otimismo. Primeiro, considera que o PSDB, o qual preside no Estado, virá forte em âmbito nacional, com a candidatura à sucessão presidencial dos governadores José Serra (SP) ou Aécio Neves (MG). Segundo, se gaba de ser preparado, principalmente para os debates. Aos amigos, Santos tem dito que, enquanto deputado estadual e federal, teve oportunidade de conhecer todos os municípios mato-grossenses e que, mesmo com um PSDB inexpressivo hoje no interior, não enfrentaria obstáculos para construir candidatura. Ele já tem anotado na agenda vários pedidos de visitas e começa a se organizar para percorrer o Estado a partir do segundo semestre.
Terceiro, se considera um pré-candidatura competitivo se comparado aos nomes de outras siglas que estão colocados, como do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), do senador Jayme Campos (DEM), e dos deputados Sérgio Ricardo, uma das opções do PR; de José Riva (PP), e do federal Carlos Abicalil (PT). A expectativa do prefeito da Capital e de consolidar no Estado a aliança com o DEM, levando Jayme ao recuo para apoá-lo. Aposta também no sentimento de mudança do eleitorado, já que o grupo do governador Blairo Maggi completará oito anos no comando do Palácio Paiaguás, e também na debandada do grupo da turma da botina por alguns fatores, como descontentamento e falta de expectativa de poder.
Conforme o calendário eleitoral, Santos terá até abril para decidir oficialmente se, de fato, renuncia ou não ao mandato de prefeito para encarar candidatura de governador. O grupo de Galindo torce para que isso aconteça, afinal o petebista teria mais de dois anos de mandato à frente do Palácio Alencastro.
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