Acusado de infidelidade partidária, Clodovil foi absolvido pelo TSE
Menos de um semana após ser absolvido pelo TSE (Tribunal do Superior Eleitoral) pela acusação de infidelidade partidária, o deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP) teve morte cerebral hoje, aos 71 anos.
O TSE decidiu na noite da última quinta-feira que Clodovil não poderia perder o mandato por ter se desfiliado do PTC. Para os ministros, houve grave discriminação pessoal ao parlamentar, o que justificaria a mudança de partido.
Clodovil foi eleito pelo PTC em 2006, mas se filiou ao PR depois do prazo fixado pelo TSE sobre fidelidade partidária. Desde março de 2007, o TSE determina que o deputado que mudar de partido deve apresentar um motivo que justifique a mudança.
Na ocasião, o deputado comemorou a decisão. "Uma vitória é uma vitória, né", disse Clodovil, ao ressaltar que os ministros da Corte trabalham com seriedade.
Questionado sobre o motivo pelo qual deixou o PTC, o deputado disse que nunca esteve no partido. "Na verdade, eu nunca estive lá. Eles é que queriam o meu lugar de qualquer maneira. Agora estou descansado", afirmou.
De acordo com o relator do caso no TSE, ministro Arnaldo Versiani, as testemunhas foram coerentes. Eles afirmaram que Clodovil não teve suporte do partido durante a campanha que o elegeu em 2006, mas que seu nome e foto foram vinculados a 100 mil "santinhos" do então candidato ao governo de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) sem o seu consentimento.
Outro episódio que, segundo o ministro, justificou a desfiliação de Clodovil foi o fato de o partido ter se recusado a ajudá-lo juridicamente durante o processo de cassação que sofreu quando chamou a colega Cida Diogo (PT-RJ) de "feia".
Clodovil foi internado na manhã desta segunda-feira na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Santa Lúcia, em Brasília, com sangramento na cabeça. Ele sofreu AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico.
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