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Esportes
Quarta - 11 de Março de 2009 às 15:52

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O amanhã do Grêmio passa pela noite desta quarta-feira. O calendário apertado, a altitude da cidade colombiana de Tunja, um estádio acanhado, desfalques, nada disso servirá de desculpas para Celso Roth. Caso o Tricolor não vença o Boyacá Chicó, pela segunda rodada do Grupo 7 da Libertadores, o treinador será demitido. A partir das 21h50 (de Brasília), os jogadores definirão o futuro imediato do treinador e da equipe em 90 minutos.

A situação remete ao início do Brasileirão passado. Na época, a cabeça de Roth também estava a prêmio, prestes a ser colocada em uma bandeja e ser servida à torcida. Somente uma vitória sobre o São Paulo salvaria a pele do comandante gremista. Ela veio. O cenário atual, porém, parece mais complicado.

O amplo Morumbi dá lugar ao pequeno La Independencia, com capacidade ampliada para 20 mil torcedores com a construção de arquibancadas móveis, possibilitando ao Chicó atuar em sua cidade. A megalópole São Paulo não é mais o palco, é a vez de pisar em Tunja, no interior da Colômbia, com seus 2,8 mil metros de altitude.

"Isso tudo pode ser bom por ficarmos longe do ambiente pesado que está aqui", declarou o capitão Tcheco antes da viagem para a cidade colombiana.

A outra diferença significativa é a competição. A primeira fase da Libertadores é um tiro curto e o Grêmio já tem um vacilo no currículo, ao empatar na estreia por 0 a 0 contra a Universidad do Chile, em casa. A liderança da chave é dos chilenos com quatro pontos. Logo atrás está o Chicó com três. Só então aparece o Grêmio com um. Uma derrota fora de casa não inviabiliza a classificação gaúcha, mas faz os quatro últimos jogos ganharem em dramaticidade.

"O momento que atravessamos é difícil. Não adianta fazermos campanha a favor do Celso. O nosso também está na reta. Começa com o Celso, mas passa para outros. O time não desaprendeu a jogar de uma semana para cá. Futebol é coletivo. Se estão cobrando o Celso, a culpa é nossa, pois não estamos fazendo o que devemos nos jogos", declarou o meia Souza.

Em campo, Roth terá o desfalque do ala Jadilson, lesionado. O jogador não é titular absoluto, tem se revezado na posição com Fábio Santos, que terá uma entrada natural na equipe. Apesar de ter planejado com grande antecedência atuar somente com um atacante, os planos do treinador gremista foram despedaçados após a fraca atuação no Gre-Nal. Após o erro, a escalação de dois atacantes - Jonas e Alex Mineiro - é inevitável. O argentino Herrera será opção para o segundo tempo, enquanto seu compatriota Maxi López verá tudo do sofá de casa, já que não foi relacionado para o confronto.

Os problemas não passam somente pela tática tricolor, o adversário é o típico time colombiano - com seus bônus e ônus. Os donos da casa possuem um bom toque de bola, além de formularem jogadas velozes através de toques rápidos. O Chicó lidera o Campeonato Colombiano, mas não contará com seu capitão, o zagueiro Mario García, lesionado.

A quinta-feira será um novo dia para o Grêmio e para Celso Roth. Resta saber se juntos ou separados.





Fonte: Gazeta Esportiva

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