Sarney manda seus funcionários devolverem hora extra
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou nesta quarta-feira que os servidores do seu gabinete que receberam horas extras durante o mês de janeiro devolvam o dinheiro à Casa.
A decisão do presidente acontece depois de a denúncia de que servidores do Senado receberam R$ 6,2 milhões em horas extras no mês de janeiro, quando o Congresso está em recesso e, portanto, não realiza sessões à noite.
Sarney se antecipou à investigação feita pela Advocacia-Geral do Senado para verificar se houve ou não alguma ilegalidade nesses pagamentos. Mesmo considerando a atitude "radical", Sarney recomendou que os outros deveriam seguir o exemplo e devolver a verba, caso tenha sido paga de forma incorreta.
"Mandei que fosse estornado da folha de pagamento o que os funcionários do meu gabinete receberam. Nós devemos tomar medidas que sejam efetivas e até mesmo radicais", afirmou. "Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que essa seria a melhor maneira de erguer a imagem do Senado."
"A hora extra não é errada, há funcionários que trabalham até 20, 22h. O que é errado é receber hora extra sem trabalhar", completou.
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