Sucessão na OAB: Taques descarta coligação com Faiad
O advogado Paulo Taques, pré-candidato à sucessão da OAB-MT, refutou hoje a possibilidade de se coligar ao atual presidente Francisco Faiad. O pleito acontece em novembro próximo e o grupo de Faiad e Ussiel Tavares, ex-presidente da Ordem e líder da situação, estaria manobrando para se aproximar da oposição.
Faiad já afirmou publicamente que aceita conversar com a oposição e admitiu até mesmo composições. Mas Taques descartou uma possível dobradinha. “Estou aberto ao diálogo e pronto para discutir os problemas da Ordem. Não tenho problemas em conversar com Faiad ou Ussiel, mas uma composição está descartada. Não há a menor possibilidade disso acontecer”, afirmou.
Taques salientou, porém, que há vários membros do atual Conselho que possuem outra visão sobre ao rumos da OAB. E que vem mantendo diálogo com eles: “é inegável que há colegas que discordam com o que vem sendo feito na OAB, mas o poder centralizador do presidente não permite que os mesmos participem. Por isso, é imprescindível saber o que cada um deles pensa, e como eles podem ajudar a mudar esse estado de coisas”, afimrou.
Taques ponderou que “não teria sentido”, depois de tantas críticas à atual gestão, fazer uma composição. “Critiquei e continuo criticando a falta de atenção da Ordem para com os advogados. As falhas, infelizmente, continuam a existir e falta empenho da atual gestão”, pontuou. Ele disputou as últimas eleições contra Faiad, em 2006, mas perdeu com 38% dos votos.
Ele também criticou o uso político da OAB-MT. “Não tenho nada contra as pessoas que comandam a ordem há 12 anos. Mas tenho muita coisa contra o fato deles se utilizarem de uma instituição emblemática para defender interesses políticos e partidários. Não podemos mais admitir uma distorção dessas”, afirmou.
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