Arenápolis: Vereador desabafa e responde ofensas do presidente da Câmara
Cada sessão na Câmara Municipal de Arenápolis é uma surpresa, após a posse do atual presidente Aroldo Soares de Oliveira Filho - PMN, as sessões tomaram o tom da polêmica, onde o presidente em busca de mostrar sua autoridade chega a desrespeitar outro representante eleito pelo povo.
Após as ofensas desferidas por Aroldo Soares ao vereador Emanuel Messias Santos-PPS, no dia 18 de fevereiro quando o chamou de puxa-saco do ex-prefeito e de forma autoritária também o advertiu asperamente quando Emanuel Messias pediu para que o presidente fizesse valer o regimento interno e controlasse o tempo da palavra livre.
Em resposta o vereador Emanuel Messias Santos fazendo uso da mesma palavra livre que em outrora lhe causou desconforto, na sessão seguinte mostrou a que veio e respondeu com veemência as ofensas recebidas.
Leia abaixo um trecho do discurso do vereador que também foi registrado em ata durante a sessão:
"A minha trajetória política ela está sendo policiada, sondada e também analisada por mim e por todos aqueles que direta e indiretamente me conduziram à vitória no dia 03 de outubro de 2008, a minha postura enquanto vereador e o meu comportamento e minha forma de agir enquanto legislador e fiscalizador do dinheiro público será de atuação continua e eficaz, não terei medo e nem serei coagido de forma grosseira, até porque se fosse para agir de maneira banal sinceramente eu não gostaria de fazer parte deste parlamento. Fazer diferente, foi para isso que eu fui eleito. Na última sessão ordinária realizada aqui nessa Casa de Leis, eu fui taxado desrespeitosamente de puxa-saco (...) Eu poderia baixar o nível é claro, mas não vou baixar o nível, primeiro porque eu não posso, segundo não quero e terceiro não devo, sabe por quê? Eu estou aqui nessa vereança para fazer diferente, não posso baixar o nível, a minha elegância, o meu status e também a minha autoridade enquanto vereador jamais me faz rebaixar tão baixo nível (...) Aqui nessa casa todos devem se respeitar, para serem também respeitados, manter a ordem para o desenvolvimento dos trabalhos, compete a cada um de nós vereadores, aqui nesta Casa de Leis, a Casa do povo de Arenápolis, existe um regimento interno que regulamenta a forma legal em que as sessões devam ser conduzidas e fazer com que o regimento possa ser instrumento de trabalho compete ao presidente. E quando isso não acontece o vereador deve pedir ao presidente que seja cumprido o que rege e o que está escrito no regimento (...) Não faz parte da minha intenção, de forma alguma senhor presidente intervir nos trabalhos da mesa diretora, até porque eu respeito Vossa Excelência (...) até porque eu tenho desconfiometro suficiente para não intervir onde não sou convidado. Eu não tenho costume, nem tenho vontade de por o bico ou dar palpite naquilo que está sendo conduzido às vezes de forma errada, infelizmente, pois tudo que começa errado termina também errado (...) Eu vou agir e defender os interesses do povo, até porque o meu patrão são vocês que estão sentados ai, é na casa de vocês que eu vou bater daqui três anos e meio, se eu tiver coragem para isso. A minha gestão será pautada pela verdade."
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