Senador Aécio Neves (MG) ainda busca a unidade do partido para fortalecer candidatura
PSDB faz 25 anos buscando meios de voltar ao poder Senador

Nesta terça-feira, dia 25/6, o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) completa 25 anos de existência. Porém, a festa que os tucanos querem fazer está marcada para outra data: outubro de 2014, quando esperam eleger o senador Aécio Neves (MG) para a Presidência da República e assim voltar a dirigir o País após 12 anos.

 

Para chegar lá, o PSDB busca uma bandeira que possa combater a ainda alta popularidade da presidente Dilma Rousseff. A última alternativa que se apresentou para os tucanos foi aproveitar o momento de desgate do governo frente às recentes manifestações que tomaram o País e tentar se apresentar como alternativa viável para sanar a insatisfação da população.

 

Fora do poder desde 2002 e sofrendo derrotas para o PT nas últimas três eleições, o PSDB resolveu olhar para o passado. Desde a eleição de Aécio como presidente da sigla, no último mês de maio, os tucanos resgataram bandeiras históricas do partido durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, dentre elas o controle da inflação, a criação do Real e a defesa das privatizações.

 

Buscando embarcar nas demandas levantadas pelos protestos das últimas semanas, os tucanos tomam cuidado para que sua aproximação das pautas reivinidicasa não seja interpretada como oportunismo político, mas  as críticas à gestão de Dilma Rousseff já estão na ponta da língua, em perfeita sintonia com as reclamações que ecoam nas ruas.

 

Aécio será o primeiro candidato tucano ao Planalto que não vem de São Paulo. Entretanto, apesar de seu nome parecer consolidado no partido, os tucanos ainda sofrem com suas famosas divisões internas.

 

O senador mineiro obteve 14% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha realizada, ainda atrás da ex-senadora e provável candidata Marina Silva, que alcançou 16%, e de Dilma, que lidera com 51% e, considerado este cenário, venceria a disputa no primeiro turno.

 

Para alavancar seu nome, Aécio epera o engajamento dos colegas paulistas em sua campanha ainda é uma incógnita. O desgaste maior é com o ex-governador de São Paulo José Serra que ameaça deixar o partido por falta de espaço e concorrer ao Planalto em 2014 por outra digla.

 

Uma eventual candidatura sua que não seja pelo PSDB preocupa os tucanos, já que teria potencial para tirar votos de Aécio e facilitar a vitória do PT.

 

A recente conjuntura política, com boa parte da população rejeitando a política partidária, torna ainda mais urgente a necessidade dos tucanos de encontrar um discurso próprio e de fortalecer a legenda como opção em 2014. Tarefa que não seá simples para um partido que tem como uma de sua marcas o distanciamento da população.