Silval admite candidatura, mas prioriza fortalecimento da aliança pró-Maggi
Vice-governador defende discussão que leve a um candidato ao Governo que seja consenso
Um dos principais líderes do PMDB em Mato Grosso , o vice-governador Silval Barbosa agendou para o próximo dia 6 de março o primeiro de uma série de encontros que a cúpula do partido terá com líderes das demais siglas que formam o arco de aliança em torno do Governo Blairo Maggi (PR). O objetivo é discutir o fortalecimento da aliança, com vistas à disputa pela sucessão estadual em 2010.
Não por acaso, o primeiro encontro será com líderes do PR, como o governador Blairo Maggi e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, entre outros republicanos. Na ocasião, Silval Barbosa e demais integrantes da cúpula peemedebista vão colocar na mesa a decisão da sigla de disputar a eleição majoritária no ano que vem.
Em entrevista ao programa “Resumo do Dia”, da TV Rondon, na noite de quinta-feira (26), Silval Barbosa revelou que o PMDB estuda, com redobrado interesse, a possibilidade de lançar candidato próprio ao Governo do Estado, mas vislumbra uma “solução de consenso”.
Noutras palavras, quis dizer que o partido tem, desde já, um candidato – ele próprio, conforme admitiu -, mas pode abrir mão dessa condição, se as demais siglas – casos do PP, DEM, PPS e PT – se unirem em torno do que viria a ser “candidato de consenso”.
Silval Barbosa revelou que o PMDB vai conversar com todos os partidos, sempre com o objetivo de negociar a tal “solução de consenso”. Esse projeto, segundo ele, vem sendo amadurecido no âmbito do partido, pois, em sua opinião, a aliança que apóia o atual Governo tem amplas possibilidades de fazer o sucessor do governador Blairo Maggi em 2010. Da agenda de reuniões, também constam o PPS, do deputado estadual Percival Muniz, e o PSB, do deputado federal Valtenir Pereira.
Sobre nomes que preencheriam os requisitos para disputar como candidato de consenso da aliança, o vice-governador admitiu que seu nome, como vem sendo amplamente divulgado, pode ser colocado como opção. Citou o deputado estadual Sérgio Ricardo (PR), o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva (PP), o senador Jayme Campos (DEM) e o deputado federal Carlos Abicalil (PT) como opções e cujos nomes podem ser colocados na mesa de discussão.
Silval garante que, como vice-governador e líder de um partido, seu relacionamento com o governador Blairo Maggi tem sido “o melhor possível”. Admitiu que tem um bom trânsito entre os integrantes do primeiro escalão e que sua ação política, em momento algum, deve ser confundida com o trabalho administrativo. “Não podemos misturar os interesses da gestão Blairo Maggi com os objetivos de uma aliança político-partidária”, disse.
Negociações
Recentemente, MidiaNews revelou que a negociações em torno das eleições de 2010 já começaram no Palácio Paiaguás. Alguns secretários começam a se mobilizar, no sentido de se fortalecerem para a disputa por uma vaga na Assembléia Legislativa. E, de quebra, podem também ajudar a alavancar o projeto político do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), de ser o sucessor de Blairo Maggi, com as bênçãos do próprio governador, que deve ser o candidato natural do PR ao Senado.
O site apurou, junto a uma fonte bem próxima do Governo, que, há pelo menos 15 dias, os secretários Baiano Filho (PR), do Esporte, e o recém-empossado secretário extraordinário de Assuntos Estratégicos, José Aparecido dos Santos, o “Cidinho” (DEM), ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), buscavam pedir “permissão” ao governador Blairo Maggi para se filiarem ao PMDB.
Com a anunciada desistência do pré-candidato preferido do governador à sua sucessão, o diretor-presidente do DNIT, Luiz Antonio Pagot, o PR praticamente ficou sem candidato, uma vez que o atual primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo, não consegue aglutinar apoio dentro da própria sigla e também não cai no agrado de Maggi. Outro possível pré-candidato, o prefeito de Água Boa (730 km a Nordeste de Cuiabá), Maurício Tonha, o “Maurição”, dono da Estância Bahia, não tem, segundo avaliações internas do partido, densidade eleitoral suficiente para entrar na briga.
Com reportagem de Luiz Acosta
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