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Politica Brasil
Sexta - 27 de Fevereiro de 2009 às 14:06
Por: Patrícia Sanches

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O cerco ao vereador estreante Ralf Leite (PRTB) está se fechando. A tendência é que a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá peça a cassação de seu mandato em 15 de março. A maioria dos vereadores já se manifesta, ao menos nos bastidores, favoráveis à cassação de Ralf, que se envolveu em escândalo sexual.

"Nós sabemos que a sociedade espera muito de nós e uma ação rápida, mas precisamso respeitar os passos burocráticos para que nossa decisão não seja anulada", afirma o relator da Comissão de Ética Domingos Sávio (PMDB). Ralf tem até 10 de março para apresentar sua defesa à Comissão. Apesar dos 3 membros da Comissão terem até 19 de abril para encaminhar o relatório final para votação em plenário, a tendência é que tudo esteja definido até 15 de março. Caso a Comissão decida pela cassação do mandato, Ralf só se livrará da punição se for absolvido por 13 dos 19 parlamentares.

Em 6 de fevereiro, o vereador do PRTB foi detido enquanto praticava ato libidinoso com um menor de 17 anos. O parlamentar foi acusado de, na hora do flagrante, desacatar PMs. "Ele podia ter renunciado até o dia 18 porque não existia nenhum processo contra ele. Agora deve aguardar a decisão final da Comissão", explica Domingos Sávio, numa referência ao colega investigado. Paralelo a esse processo, Ralf responde criminalmente por desacato à autoridade, ameaça, exploração sexual e falsidade ideológica.

Ralf se reapresentou à Câmara nesta quinta (26) durante sessão depois que seu pedido de licença médica por 60 dias ter sido negado pela Mesa Diretora no último dia 20. Inconformado, o parlamentar protocolou novo laudo médico.

Na próxima semana os membros da Comissão de Ética vão a Poconé (a 110 km da Capital) ouvir o travesti menor envolvido no caso. Segundo Domingos Sávio, a data não será revelada para preservar o menor. Ele vai prestar depoimento na presença de membros do Conselho Tutelar. O menor já prestou depoimento ao promotor Rinaldo Ribeiro Almeida. Ele confirmou que Ralf utilizou da prerrogativa de ser vereador e filho do coronel Édson Leite para intimidar os PMs.

Outra versão

Ralf Leite vem sustentando a tese de "conspiração". Segundo ele, os PMs tentaram extorqui-lo. "Sou inocente. Tudo isso que vem sendo divulgado por essa imprensa devastadora são inverdades", disparou Ralf em seu primeiro discurso da tribuna. Apesar da pressão para sua renúncia, o parlamentar preferiu aguardar a conclusão dos trabalhos da Comissão de Ética. Aposta na sua absolvição. Lembra que recebeu espécie de abaixo-assinados com 2,5 mil assinaturas em defesa de sua permanência no cargo de vereador.





Fonte: RD News

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