Após convidar Riva, Maggi sinaliza para Serys
Cinco meses depois de ter convidado, em comício em Juara, o deputado José Riva (PP) para disputar o Senado em sua chapa, o governador Blairo Maggi (PR) fez convite similar à senadora Serys Marly (PT). A idéia de uma aliança para a senatória entre PR e PT, com as candidaturas de Serys e do próprio Maggi, foi discutida nesta quinta, em Brasília, no gabinete da petista. Os dois conversaram a sós sobre composições políticas e estratégias visando as eleições de 2010. Depois, chamaram para a reunião o afilhado político de Maggi, ex-secretário de Estado Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit).
Presidente da Assembléia, Riva estuda três possibilidades para o pleito do próximo ano: buscar a reeleição, disputar o Senado ou até mesmo a cadeira de governador. Desde setembro do ano passado, antes mesmo das eleições municipais, um pronunciamento do governador deixou Riva empolgado. Maggi fez elogios ao deputado e o convidou para ser candidato ao Senado numa composição com o PR.
Riva levou a sério o projeto. O problema agora é que há três fortes candidatos do mesmo grupo para duas vagas de senador, a serem abertas com o vencimento dos mandatos de Serys e de Gilberto Goellner (DEM), que se efetivou no cargo com a morte, no ano passado, de Jonas Pinheiro. O curioso é que os três estiveram em campos opostos nas últimas eleições. Serys foi derrota por Maggi em 2006. Nesse mesmo pleito, Riva apoiou o tucano Antero de Barros para o Palácio Paiaguás.
Sob argumento de que Maggi é aliado do governo do presidente Lula, os petistas "colaram" na turma da botina. Receberam, em retribuição, cargos de primeiro e segundo escalões. A maioria defende a continuidade da aliança. Acha que Serys teria maior chance de reeleição no palanque de Maggi. Deputado de quarto mandato, na presidência da Assembléia e com apoio da maioria dos prefeitos e vereadores, Riva está disposto a encarar também a briga por espaço para uma composição com a turma da botina. O problema é acolher tantos candidatos com tamanha sede pelo poder.
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