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Meio Ambiente
Quinta - 19 de Fevereiro de 2009 às 16:56
Por: Maria Barbant

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A Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros, vinculada a Superintendência de Biodiversidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) participa do projeto de Monitoramento da Atividade Reprodutiva de Peixes Reofílicos (peixes que migram para reproduzir) nas bacias Amazônica e do Alto Paraguai. O projeto visa avaliar os aspectos reprodutivos e incidência parasitária em peixes de interesse econômico nas principais regiões pesqueiras de Mato Grosso, buscando proteger o potencial pesqueiro do estado.

Nesta semana, o analista de Meio Ambiente, Marcos Roberto Ferramosca Cardoso esteve no Rio Teles Pires e em alguns de seus afluentes (Rio Santa Helena, Rio Parado, Rio Quatro Pontes e Lagoa da Mata), que abrange os municípios de Alta Floresta, Paranaíta, Carlinda e Novo Mundo e Nova Canaã, coletando material para a pesquisa. Nesses rios a coleta é feita em locais pré-determinados durante seis meses de outubro a março. Esse trabalho, na bacia Amazônica, vem sendo realizado há dois anos.

A pesquisa na Bacia do Alto Paraguai (BAP), também é realizada por meio de parcerias, com o mesmo objetivo.

Marcos Ferramosca explicou que na Bacia Amazônica o trabalho é realizado em parceria com o pesquisador Alexander Stein de Luca. Há dois anos o pesquisador coleta todos os meses material na região para os estudos de sua tese de doutorado. “Na época da piracema nós fazemos esse trabalho de monitoramento em conjunto”, explicou Marcos Ferramosca. Nesse trabalho são recolhidas dados biométricos - comprimento, peso, altura, sexo -, e analisado o estágio reprodutivo dos peixes (se houve ou não desova).

As espécies de peixes pesquisados depende de cada bacia. Na Bacia Amazônica as espécies são pacu prata, cachara, corvina, jaú, matrinchã e cachorra, espécies com maior valor econômico.

“A pesquisa tem como principal foco verificar se o período de proibição da pesca estabelecido pela legislação é compatível com o período reprodutivo dessas espécies”, explicou o analista ambiental. Segundo ele, se for observada diferenças em relação a esse aspecto podem ser propostas mudanças no período de defeso para uma ou várias espécies. Mas, segundo ele, ainda não há informações conclusivas sobre esse assunto. O período de pesquisa depende dos resultados do monitoramento e está sendo definido junto com especialistas.

A também analista de Meio Ambiente, Neusa Arenhart, atual coordenadora de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema realiza a pesquisa na Bacia do Alto Paraguai. Segundo ela, a necessidade de se resguardar o peixe, enquanto recurso pesqueiro, com limites mais restritivos sobre a pesca, decorre da propriedade de bem público desse ativo ambiental.

“A medida que esse bem é pescado assume um caráter privado daí a necessidade de gerenciamento das atividades pesqueiras conciliando os interesses econômicos, sociais e ambientais”.

Ela lembra que cabe ao poder público desenvolver políticas que, com seus instrumentos econômicos e ambientais, visem à conservação desse recurso. Um desses instrumentos é a determinação do período de defeso, concomitantemente com a piracema, que é uma medida de comando e controle anualmente utilizada para possibilitar a reposição dos estoques pesqueiros para os anos seguintes e garantir a perpetuação das espécies.





Fonte: Assessoria Sema-MT

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