Petista vai a estadual e quer Abicalil ao governo
O médico e vereador de segundo mandato em Cuiabá Lúdio Cabral revela que deve concorrer a deputado estadual em 2010. Ele é uma das vozes do PT que, embora não admitam ainda, começam a defender a tese da ruptura com o governo Blairo Maggi (PR). Hoje o petismo, guiado pela Unidade na Luta, corrente capitaneada pelo deputado federal Carlos Abicalil e pelos estaduais Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, está "colado" na turma da botina.
Um rompimento político provocaria reviravolta, com reflexo no bolso de alguns de seus líderes. Ságuas e a ex-deputada Verinha Araújo, por exemplo, sairiam do comando da pasta da Educação. Hoje, eles ocupam os postos de secretário e de adjunta, respectivamente. Alexandre, que legisla na vaga de Ságuas na Assembléia, retornaria à cadeira de procurador do Estado.
Uma ruptura do PT com o PR de Maggi derrubaria Ságuas e Verinha da Educação e Alexandre sairia da AL
Lúdio Cabral prefere, por enquanto, não fazer alarde sobre a idéia de rompimento com o Palácio Paiaguás. Sabe que seu grupo O Trabalho representa minoria. Apesar disso, sugere que o partido marque presença nas eleições com candidatura própria. Propõe que Abicalil, que em 98 concorreu, sem êxito, a governador, seja candidato de novo ao mesmo cargo.
Tamanho
Os petistas estão conscientes de que, apesar de terem conquistado em 2008 maior número de prefeituras e de vagas nas câmaras municipais (são 18 prefeitos, 20 vice, 2 deputados estaduais, um federal e uma senadora), só devem eleger dois deputados estaduais, um deles pela Baixada Cuiabana. E com esse pensamento que Lúdio está disposto a encarar colegas na região, como o próprio Alexandre e Verinha, possíveis concorrentes à AL. Ele pondera que sua candidatura a deputado dependerá "de como a população avalia o mandato de vereador".
"Nossa candidatura em âmbito nacional está se concretizando e precisamos construir candidaturas ao governo estadual. É o que espero que ocorra aqui", diz Lúdio, numa referência aos nomes da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff para a Presidência da República e de Abicalil para governador. Segundo o parlamentar, em novembro acontece o processo de eleições diretas, quando o PT define seu rumo.
"Por enquanto não há nada definido, apenas conversas". Na avaliação do governador, em que pese alguns defenderem uma composição nacional PT-PR, com Maggi de vice, a tendência é que o PMDB venha ficar com a candidatura de vice da chaá. Acredita que o arco de alianças se formará com PT, PMDB, PP, PSB, PDT, PC do B e PR.
Para Lúdio, único vereador petista na Câmara da Capital, o partido tem força no Estado para lançar projeto próprio tanto para governador quanto ao Senado. Ele defende que a senadora Serys Marli concorrera à reeleição e, Ságuas, à Câmara Federal.
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