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Politica Brasil
Quarta - 18 de Fevereiro de 2009 às 13:29

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O aumento da onda de assaltos, homicídios e tráfico de drogas em todo o Estado dominou o debate na sessão ordinária da Assembléia desta quinta. O deputado Guilherme Maluf (PSDB) defendeu, por exemplo, que a Assembléia lidere audiências públicas, com participação da sociedade e de instituições, como o Ministério Público, para sugerir medidas e cobrar ações do Estado para conter a violência.

Da tribuna, ele disse que a situação de insegurança poderá ser a principal causa de uma possível reprovação de Cuiabá como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. Lembrou que o governador André Puccinelli (PMDB), do vizinho Mato Grosso do Sul, que disputa a vaga, está explorando negativamente a imagem de MT como um dos mais violentos do país. "Se a Copa do Mundo não vier será por causa da questão da segurança", alerta Maluf.

Para o tucano, o índice de homicídios vem aumentando e entende que uma das causas é o tráfico de drogas. Vê o Estado impotente no trabalho para conter a violência. Observa que regiões de fronteiras, como a de Cáceres, na divisão com o Bolívia, estão descoberta e reclama que o Gefron está atuando com estrutura mínima.

O deputado Percival Muniz (PPS) endossou o discurso do colega tucano. Disse que no início da administração, o governador Maggi atuava de forma mais enérgica na questão da segurança pública. De acordo com Muniz, hoje o governo é dividido em "panelinhas" e com muitos militares que não conseguem resolver problemáticas na área de segurança pública. Ele se referiu ao fato de Maggi ter no primeiro escalão militares como Eumar Novacki (Casa Civil), Alexander Maia (Casa Militar) e o delegado federal licenciado Díogenes Curado (Justiça e Segurança Pública).

Muniz sugere que o governador transfira Novacki para a pasta da Sejusp porque trata-se de um militar que, em tese, entende da área e destacar coronéis para atuar no interior do Estado. Reclamou de problemas com manutenção de viaturas e defendeu que o Estado faça parcerias com os prefeitos, a exemplo do que vem ocorrendo em outras áreas, como de habitação e educação. "Se precisa percorrer 2 mil km com uma viatura, quando se chega ao destino final o veículo já estará quebrado. Então, que busque parcerias".

Percival Muniz propõe também que o governo desmembre a Sejusp, voltando a ter na estrutura da máquina a secretaria de Justiça e uma outra de Segurança Pública. "Estamos num Estado que está sendo dominado pela bandidagem. Daqui a pouco vão pensar que estamos numa terra sem lei. Vão assaltar, roubar e atentar contra a vida, contra o patrimônio, contra tudo", diz o deputado.

Fora do foco

Muniz pondera que algumas iniciativas não são ruins, mas alerta para o que chama de brigas internas entre militares em busca de promoções e de tráfico de influência na Casa Civil, enquanto o povo está sem segurança. "Mesmo que a gente não perca a Copa do Mundo, precisamos garantir condições de segurança. Quando nossos filhos saem às ruas, a gente fica sem dormir. Aqui é um perigo. Essa questão é muito grave", dispara Muniz, ex-deputado federal e ex-prefeito de Rondonópolis por dois mandatos.

O presidente da Assembléia, deputado José Riva, disse, acerca da área de segurança, que, de fato deve haver preocupação, mas enfatizou que trata-se de uma problemática nacional. Segundo ele, a violência em MS está no mesmo patamar que a situação de MT. "Temos que nos preocupar com a violência em nossa casa, agora MS não pode cantar de galo porque lá a violência também é preocupante", diz Riva, numa referência à competição dos dois Estados para ser uma das subsedes do Mundial de 2014.





Fonte: RD News

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