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Politica Brasil
Quarta - 18 de Fevereiro de 2009 às 08:24

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Quatro deputados estaduais e um federal já chegaram à metade do mandato no cargo, apesar do processo de cassação. Em meio aos embates jurídicos, eles não caíram de vez graças à conquista de liminares junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Os estaduais Gilmar Fabris (DEM) e Chica Nunes (PSDB) teriam comprado votos, assim como o federal Pedro Henry (PP). Já Percival Muniz (PPS), de Rondonópolis, e Roberto França (sem partido), de Cuiabá, foram "punidos" por causa de pendências de um convênio de quando foram prefeitos.

Fabris é acusado de ter usado Sandra Rosângela Soares da Silva, moradora de Poxoréu, para negociar votos. Ela foi detida em sua residência. Oferecia R$ 25 por voto. Na cozinha, dentro de uma caixa de isopor, foi encontrada uma caderneta contendo 99 nomes, números de títulos eleitorais e seções e alguns telefones. A caderneta foi a prova cabal para o Pleno do TRE tirar o mandato de Fabris. Poucos dias depois ele conseguiu uma liminar no TSE que o sustenta no cargo até hoje.

Chica foi cassada pelo TRE porque, segundo representação do Ministério Público, se utilizou de uma servidora de um posto de saúde de Cuiabá para negociar votos por medicamentos. No mesmo processo, o Pleno cassou também o federal Pedro Henry. Uma semana depois, ambos recorrem ao TSE e reconquistam os mandatos.

O processo de cassação de Muniz está engavetado na mesa do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal. Basta uma assinatura para o ex-prefeito de Rondonópolis perder a cadeira de deputado. Ele teve o registro da candidatura indeferido a partir da reprovação, pelo TCE/MT, de um convênio de quando comandava a prefeitura.

O então suplente Roberto França, hoje deputado no lugar do licenciado Mauro Savi, está com o diploma cassado porque foi condenado pelo TCU numa prestação de contas. Tanto Muniz quanto França conseguiram liminares para serem diplomados e empossados. E assim, de manobras em manobras, eles caminham para o terceiro e penúltimo ano de mandato.

Na reserva

Se os quatro estaduais fossem cassados hoje, quem ocupariam as cadeiras na AL seriam os ex-deputados Joaquim Sucena e José Carlos de Freitas e Carlos Avalone. Outros suplentes com melhor votação, como Pedro Satélite e Túlio Fontes já se vêem contemplados. Satélite atua como deputado, no lugar do licenciado Wagner Ramos, enquanto Túlio virou prefeito de Cáceres. Na Câmara Federal a vaga de Henry ficaria com Chico Daltro, secretário de Estado de Ciência e Tecnologia.





Fonte: RD News

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