MT poderá ter programa de combate à obesidade de estudantes
Mato Grosso poderá ter um importante aliado no combate à obesidade de estudantes. Esta em tramitação o Projeto de Lei 21/09 que estabelece diretrizes para o combate à obesidade de estudantes da rede pública. A proposta determina que os pais deverão autorizar a participação do aluno, menor de 18 anos, no programa. Após avaliação e se diagnosticada a obesidade, o estudante receberá tratamento e acompanhamento médico gratuito. As consultas e avaliações médicas serão prestadas dentro do estabelecimento de ensino.
“É importante buscarmos caminhos de prevenção à saúde. Uma vez que há estudos que comprovam o aumento de pessoas obesas, inclusive, nas escolas. Por isso, propomos esta iniciativa que visa o acompanhamento da saúde das crianças e adolescentes”, justifica Riva.
Conforme o projeto, os materiais necessários para exames laboratoriais devem ser coletados na própria escola. Além disso, os profissionais de saúde que acompanharem o tratamento do aluno deverão manter os pais ou responsáveis orientados sobre as ações realizadas. E os casos de procedimentos cirúrgicos serão encaminhados aos órgãos competentes.
Para o diretor Rando Silva Freitas, da tradicional Escola Estadual Antonio Epaminondas, há 30 anos no bairro Lixeira, em Cuiabá, a iniciativa é “espetacular” porque vai realizar um trabalho preventivo nas escolas. Ele colocou a escola à disposição para apoiar o projeto, por defende que será indispensável à saúde dos 460 alunos dessa escola. “Queremos participar no que for preciso para aprovação desse projeto”, afirmou.
Da mesma forma, o diretor da Escola Estadual Presidente Médici, Anísio José Guimarães, destacou a proposta como excelente. Ele lembra que muitos pais não têm tempo e nem condições financeiras para acompanhar a saúde dos filhos. “E a implantação do programa será muito boa para os nossos alunos”, afirmou. A escola foi fundada em 1977 e atualmente tem cerca de três mil estudantes.
PESQUISA – No projeto, Riva destaca os estudos realizados pela ONG Pró-Criança Cardíaca, do Rio de Janeiro, que apontou a má alimentação como a grande vilã da obesidade. 600 crianças e adolescentes, com idade de 6 a 18 anos participaram da pesquisa, sendo a maioria acima do peso. Do total da pesquisa, 41,6% apresentaram colesterol elevado, com altas taxas de LDL, o chamado mau colesterol.
Já 11,6% apresentaram triglicérides altos. O triglicéride é um tipo de gordura precursora do colesterol, que aumenta com uma alimentação rica em gorduras e carboidratos. 5% tinham glicose alta, problema que causa diabete, em especial do tipo 2. E 2% dos adolescentes e crianças pesquisados tinham a síndrome metabólica, que é um conjunto de doenças que provocam alterações no metabolismo, uma composição de diabetes tipo 2, associada com hipertensão, triglicérides e colesterol elevados e obesidade.
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