Zanon e Laide saem ilesos de "canetada" de juiz

O prefeito reeleito em Itaúba (a 600 km ao Norte de Cuiabá), Raimundo Zanon (PP), e a servidora Laide Afonso saíram ilesos da "canetada" do juiz federal da 1ª Vara Criminal de Cuiabá Julier Sebastião da Silva. A desembargadora federal Assusete Magalhães concedeu habeas corpus aos dois e negou liminar a Ana Maria Carmen Vidal e Manoel Joaquim da Silva, presos em 19 de dezembro . Eles são acusados de participar de um esquema de falsificação de documentos para desapropriação de terra. Em dezembro, Julier já havia decretado a prisão preventiva de 14 servidores do Incra.

Laide chegou a ser presa. Já Zanon, que havia acabado de ser diplomado "fugiu pelos fundos" depois de saber que era procurado pela Polícia Federal. Laide Afonso e os outros 12 servidores foram liberados três dias após ingressar com pedido de habeas corpus na Justiça.

Nesta sexta (13) a desembargadora Assussete Magalhães derrubou as liminares que mantinham em liberdade 12 dos 14 servidores do Incra envolvidos no escândalo. Entre os que voltaram à cadeia está o ex-superintendente do órgão João Bosco de Morais, o ex-adjunto Sebastião Pereira Cajango e os ex-procuradores Anildo Brás do Rosário e Antonio Reginaldo Galdino.

Apesar de Raimundo permanecer em liberdade, continua respondendo aos processos por obtenção de vantagem indevida, estelionato e formação de quadrilha. Raimundo Zanon foi reeleito com 1.845 votos. Ele venceu Valdir Donato (PV), que teve 699 votos, enquanto Antonio Roberto Garcia Júnior (PR) acabou excluído da disputa já na reta final da campanha. O pecuarista Zanon reúne um patrimônio declarado de R$ 3,9 milhões. Entre seus bens estão a fazenda Juvima, em Itaúba, avaliada em R$ 2 milhões, o Zanon Palace Hotel, também no município, além de veículos e casas em Itaúba, Sinop e Sorriso.

Acusados que voltaram à cadeia nesta sexta:

Joaquim Cristovão

Ana Carmem Viana Vidal

Antônio Reginaldo Galdino Delgado

Sebastião Pereira Cajango

Marco Antônio Rocha e Silva

Manoel Joaquim da Silva Filho

João Bosco de Morais

Palmério Paula Assunção

Djalma Rodrigues Porto

Antônio Cleto Silveira

Maércio Bomsenhor

Augusto Bomsenhor