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Politica Brasil
Sexta - 13 de Fevereiro de 2009 às 13:02

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Os altos índices de violência registrados nos últimos dois anos em Cuiabá motivaram o vereador Toninho de Souza (PDT) a fazer duras críticas à cúpula da Secretaria de Justiça Pública (Sejusp) e ao comando da Polícia Militar, na sessão ordinária de quinta-feira passada, na Câmara Municipal de Cuiabá. Para o líder do PDT no Legislativo, a segurança pública no Estado está deixando a desejar no combate à criminalidade. O parlamentar cobrou mais investimentos para o nucleo de policiamento comunitário, que segundo ele é uma das alternativas viáveis para reduzir o número de crimes.

De acordo com o vereador, no atual governo, a segurança está "andando de marcha ré". Isto é, não evoluiu em nada após o ex-governo do Estado, Dante de Oliveira, ter deixado o Palácio Paiguás em 2002.

Para reforçar sua crítica, o pedetista cita como exemplo a atual situação da Polícia Comunitária (PC), criada no segundo mandato de Dante de Oliveira.

Segundo Toninho de Souza, o governo Maggi chegou a extinguir o policiamento comunitário, voltando atrás após protesto e reivindicação de vários segmentos organizados da sociedade mato-grossense. O vereador ressalta que mesmo reativada a Polícia Comunitária não não trabalha com a mesma eficácia de quando foi criada na gestão anterior. Hoje, prossegue Souza, as bases comunitárias não dispõem de estrutura para atender as demandas. Não há combustível suficiente aos veículos, poucas viaturas e baixo efetivo para realizar o trabalho ostensivo nos bairros.

Além disso, denuncia Toninho de Souza, por conta da contenção de despesas determinada na administração estadual, a ordem é às viaturas da PM ficarem estacionadas em pontos considerados "estratégicos" - rotatórias -, saindo do local para atendimento só com chamado via rádio.

"Viatura policial tem que estar em movimento, fazendo rondas nos bairros, no centro da cidade. Quem disse que bandido fica parado. Ele se movimenta para cometer seus crimes, lesar o cidadão de bem. O que vale mais, contenção de despesa ou a nossa vida?", questiona.

Por conta da insegurança vivida por milhares de mato-grossenses, em especial o povo cuiabano, o líder do PDT no Legislativo requereu na quinta-feira passada junto à Mesa Diretora da Câmara Municipal uma audiência pública em sessão itinerante em algum bairro da capital a ser definido para se discutir a segurança pública. No requerimento, o vereador cobra também a presença da cúpula da Segurança Pública de Mato Grosso como o secretário da Sejusp Diógenes Curado e o coronel Campos Filho, comandante geral da Polícia Militar. “Será a oportunidade dos vereadores e a população cobrarem uma melhor estrutura para as companhias comunitárias. Hoje elas existem, mas não funcionam a contento devido a falta de estrutura”.

O vereador Paulo Borges (PSDB), líder do prefeito Wilson Santos, elogiou a iniciativa de seu companheiro de Casa, Toninho de Souza. Segundo Borges, Cuiabá vive uma onda de assaltos e terrorismo, praticado pela bandidagem. Ele revelou que há um mês sua família foi vítima da insegurança no bairro Santa Rosa.

"Meu pai, minha mãe, minha irmã foram arramados dentro de casa por bandidos. Isso se deu por que não há uma política voltada à segurança pública. Dá para perceber que há falta de um policiamento ostensivo em Cuiabá", frisou.





Fonte: 24 Horas News

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