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Politica Brasil
Quarta - 11 de Fevereiro de 2009 às 14:14
Por: Gabriela Guerreiro

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Apontado como um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência da República em 2010, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), defendeu nesta quarta-feira a aliança entre os tucanos e o PMDB na corrida pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de reconhecer que o PMDB integra a base de sustentação de Lula, Aécio disse que a aproximação entre peemedebistas e tucanos é mais forte porque se dá em torno de políticas, e não de pessoas.

"Eu não acredito em alianças que se deem apenas em torno de pessoas porque elas são circunstanciais e são, por isso mesmo, frágeis. As alianças consistentes são aqueles que se dão a partir de um projeto", afirmou em referência à aliança PT-PMDB construída por Lula.

Aécio acredita que o PMDB será "fiel" ao governo Lula até o seu final, mas aposta na mudança de cenário ao ser deflagrada a campanha eleitoral. "Quando falamos não apenas de eleições em 2010, mas em projeto de futuro para o Brasil a partir de 2010, eu acho muito difícil que o PSDB e o PMDB não estejam juntos. Existem inúmeras afinidades entre nós."

Além do PMDB, os tucanos miram no apoio do DEM e PPS para a composição de uma chapa na corrida pelo Palácio do Planalto. Aécio argumenta que os quatro partidos, juntos, podem construir um "grande e novo projeto para o país, que priorize a qualidade da gestão pública, mais ousado no campo político, na viabilização das reformas".

Aécio disse que mantém com o presidente Lula uma relação "ótima", apesar de atuarem em campos opostos. Na defesa de uma oposição "moderada" do PSDB, o tucano afirmou que o partido deve agir de forma "firme e responsável" na relação com o governo federal.

Dissidências

O governador minimizou a dissidência dentro do PSDB na Câmara, rachado após a escolha do deputado José Aníbal (PSDB-SP) como líder do partido na Casa. Os 19 deputados do grupo dissidente, a maioria ligada ao governador José Serra (PSDB-SP), acusa Aníbal de não fazer oposição mais dura ao governo federal.

Aécio, ligado ao grupo pró-Aníbal, adotou o discurso de que a oposição deve ser "firme e responsável" para não trazer danos à relação com o governo federal.

"O líder José Aníbal é o líder eleito pela maioria, os que discordaram tiveram oportunidade de expressar as razões de sua discordância e devemos respeitá-las. Essa questão deve estar superada e o partido deve exercer sua função no Senado e na Câmara, que é de fazer oposição ao governo federal, não uma oposição irracional, mas responsável, firme e fiscalizadora", afirmou.





Fonte: Folha Online

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