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Politica Brasil
Segunda - 09 de Fevereiro de 2009 às 14:35

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Em sua carta de renúncia ao cargo de segundo vice-presidente da Câmara, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) afirma que seu afastamento se dá em razão da "ausência de respaldo" do próprio partido para o exercício do cargo.

No texto, que foi encaminhado ontem (8) à noite ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP) e divulgado nesta segunda-feira (9) à imprensa, Moreira se diz vítima de “inverídicas imputações” e que seu desligamento do cargo na Mesa Diretora é irretratável. As informações são da Agência Brasil.

“A verdade foi esquecida. Questões como o fato de que a propriedade objeto de tanta celeuma foi construída de 1982 até 1990, antes do meu primeiro mandato eletivo, tornou-se irrelevante. O fato de a referida propriedade estar registrada e declarada no imposto de renda dos meus filhos desde 1993 também não foi averiguado”, argumenta o deputado.

O deputado foi denunciado à Justiça pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por suspeita de se apropriar ilegalmente de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) feita por seus empregados de empresa de vigilância.

Outro fato, no entanto, chamou mais a atenção dos parlamentares e tornou insustentável sua situação: a suspeita de não ter declarado à Justiça Eleitoral a propriedade de um castelo de estilo medieval, no valor de quase R$ 25 milhões, no Distrito de São João de Nepomuceno, na Zona da Mata mineira.

A Câmara deve realizar nesta semana uma nova eleição para a 2ª vice-presidência. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP) informou que deve convocar a nova eleição até quarta-feira (11), segundo informações da Agência Câmara.

Edmar Moreira comunicou sua renúncia a Temer por telefone no domingo e a formalizou nesta segunda-feira (9), por fax. O deputado informou por meio de sua assessoria que não dará entrevista.

DEM

Na carta, o deputado mineiro ainda critica a postura do seu partido, o DEM, dizendo que ele não soube respeitar a prerrogativa regimental de sua candidatura avulsa.

“Não soube exercer a ampla defesa e muito menos o contraditório antes de se pronunciar publicamente por fatos totalmente infundados, exercendo verdadeira ‘perseguição pessoal’ através de execração pública”.

Apesar da renúncia, o DEM vai encaminhar o caso de Edmar Moreira para a comissão de ética do partido, segundo a Agência Câmara. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que não há mais condições de manter o parlamentar na legenda.

A Executiva do partido se reunirá nesta terça-feira (10) para discutir o caso. Eles também decidirão se reapresentarão o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) como candidato oficial da legenda ao cargo. Pelo princípio da proporcionalidade partidária, o cargo pertence ao DEM.





Fonte: G1

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