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Politica Brasil
Sábado - 07 de Fevereiro de 2009 às 09:59

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Primeiro, ele foi investigado por infidelidade partidária. Agora, tem a chance de investigar um colega parlamentar e do mesmo partido por quebra de decoro parlamentar. Essa é a situação do vereador e professor Néviton Fagundes, escolhido para presidir a Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, diante do escândalo em que se envolveu Ralf Leite. Filho do coronel da reserva Edson Leite, o vereador do PRTB começou a atuar nos bastidores para evitar abertura de processo de investigação.

No caso de Néviton, ele teria afrontado a direção do PRTB e, por isso, recebeu repreensão pública por ter votado em Lueci Ramos (PSDB) quando o partido orientou que a bancada apoiasse Deucimar Silva (PP) na eleição da Mesa Diretora. Quem tentou enquadrar o vereador foi Edson Leite, presidente do PRTB e pai de Ralf, detido embriagado e na companhia de um travesti menor de 17 anos nesta sexta (6).

Ralf se livrou da cadeia depois de sete horas recolhido numa sala do Cisc do Parque do Lago, em Várzea Grande. Nas esferas policial e jurídica ele deve contornar a situação mas, socialmente, está "morto". A tendência é que Ralf venha a ser investigado pela Comissão de Ética. A Câmara começa a receber pressão popular nesse sentido, em que pese o corporativismo da maioria dos 19 parlamentares.

Sem chance

Alguns já deram sinais de que reprovam a idéia de Ralf ser investigado pela Câmara. O primeiro-secretário da Mesa, Cloves Hugueney, o Clovito (PTB), disse, por exemplo, que os atos praticados por Ralf, como desacato à autoridade, atos libidinosos e dirigir embriagado, são desvinculados da atividade parlamentar e, com base nisso, é contra acionar o colega na Comissão de Ética.

Por enquanto, nenhum dos parlamentares se apresenta para assinar requerimento com vistas a investigar Ralf Leite, filho do coronel Edson Leite. Néviton ficou de se manifestar. Ele tem a chance de marcar posição, mas tende a "amarelar".

Além de Néviton, integram a Comissão de Ética da Câmara os vereadores Adevair Cabral (PDT) e Lueci. Se investigado, Ralf terá direito a ampla defesa durante o processo. No final, um relatório punir ou não o parlamentar.





Fonte: RD News

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