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Politica Brasil
Quarta - 04 de Fevereiro de 2009 às 12:47

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Apesar das articulações de bastidores, o deputado federal Homero Pereira não está encontrando caminho aberto para presidir o PR no Estado por uma simples razão: é tido pela própria cúpula como traidor. A tendência é que, na reunião liderada pelo governador Blairo Maggi no sábado (7), Moisés Sachetti ganhe reforço da turma da botina para continuar na presidência, assim como o ex-deputado Emanuel Pinheiro, hoje secretário-geral.

Alguns prefeitos e presidentes de diretórios municipais, na bronca com a postura do deputado na campanha e de outros parlamentares, montaram espécie de um "dossiê anti-Homero", tudo para impedí-lo de vir a comandar o maior partido no Estado. Recém-criado, o PR elegeu nas urnas do ano passado 33 prefeitos, 17 vice e 229 vereadores. Dessa forma, já nasceu "grande" e "inchado".

A candidata do PR Ângela Maria, de Torixoréu, por exemplo, atribui sua derrota por uma diferença de apenas 71 votos ao deputado Homero, que, contrariando orientação partidária, apoiou o hoje prefeito Máximo Antônio (PSB), que teve 1.538 votos. Em Canabrava do Norte, a bronca vem do ex-prefeito republicano Genevaldo José de Barros, derrotado à reeleição. O deputado estadual Sebastião Rezende preferiu, também num afronta ao PR, declinar apoio ao nome do hoje prefeito Lourival Martins Araújo (PPS), eleito com 1.422 votos.

Em Gaúcha do Norte, houve dupla traição partidária. O então prefeito Edson Haroldo (PR) não teve apoio de Homero e nem de Rezende. Ambos subiram no palanque de Nilson Francisco, do DEM, que teve 1.137 votos e conquistou cadeira de prefeito. Outra traição de Homero se deu em Ribeirãozinho, onde o PR apoiou oficialmente o candidato do PPS, professor Aparecido Marcos Moreira, que ganhou de Maria Lúcia Simões (PTB) por uma diferença de somente 35 votos. Nesse caso, Homero esteve em campanha pela candidatura da petebista, enquanto o PR seguiu outro rumo.

Essas são algumas situações que envolvem deputados e até secretários de Estado, além de membros da própria Executiva regional, que traíram a orientação do PR e tentam, nos bastidores, "minar" a gestão Sachetti. Adjaime Ramos, por exemplo, entra na lista. Ele integra a Executiva e trabalhou para dezenas de candidatos do PP em detrimento de nomes do PR. Em Várzea Grande, o prefeito Murilo Domingos ganhou na raça. Não teve um deputado do PR em seu palanque, com exceção de João Malheiros, presente em apenas um comício. O único da Executiva regional a ajudar nas articulações foi Emanuel Pinheiro, com aval do presidente regional.

Argumentação

Moisés Sachetti tem buscado nos números um forma de se manter no posto. Em meio à racha no PR, os aliados de Sachetti lembram, por exemplo, que este assumiu o comando partidário em 22 de fevereiro, oito meses antes das eleições, promoveu 17 encontros regionais e constituiu 139 comissões provisórias. Além disso, tentou contornar crises por causa de rebeldias dos chamados infiéis. Considera que teve bom desempenho nas urnas, em que pese ter perdido em pólos, como Cuiabá e Rondonópolis.





Fonte: RD News

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