José Riva "gosta" do PR mas pode "namorar" o PSDB

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, voltou a afirmar ontem que a preferência do PP é repetir a aliança com o PR do governador Blairo Maggi na próxima eleição. Apesar disso, ele não descartou a possibilidade de migrar para a oposição para apoiar uma eventual candidatura do prefeito Wilson Santos (PSDB) ao governo.

Riva alega que o PP ainda não discutiu o assunto profundamente, mas ressaltou que a decisão da cúpula do partido em Cuiabá em optar pela indicação de dois secretários no staff do prefeito não "amarra" a legenda.

"Essa decisão de indicar secretários é do diretório municipal. O PP está num arco de alianças com o PR e a preferência é por manter o grupo, mas não vamos fechar as portas", afirmou Riva, durante o VI Encontro dos Prefeitos, realizado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá.

Essa não é a primeira vez que Riva admite a possibilidade do PP deixar a base ligada ao governador Blairo Maggi (PR) e migrar para a oposição, apesar dele não esconder que idealiza uma dobradinha com o chefe do Executivo na disputa por duas vagas de Mato Grosso no Senado em 2010.

Riva até já se reuniu com o prefeito Wilson Santos e dirigentes do DEM e PTB para discutir a próxima eleição. Mesmo não aderindo ao grupo, ele não encerrou o debate e vem a cada dia mais angariando apoio individualmente. O PP está coligado ao grupo de Maggi desde a eleição de 2002, quando o governador se candidatou pela primeira vez pelo PPS.

Mesmo admitindo preferência pelos republicanos, Riva não tem deixado de apontar falhas na condução que o partido vem fazendo no processo político. Diz que a legenda lançou a pré-candidatura ao governo do diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, sem conversar com os aliados. "Além do mais, eles não podem querer tudo. Qualquer coligação tem que ser boa para os dois lados".

A cúpula nacional PP já decidiu não ter candidato a presidente da República e, por isso, liberou os diretórios estaduais a formarem qualquer tipo de aliança mesmo com as limitações decorrentes da verticalização.