Tião Viana diz que vai até o fim na disputa pelo Senado

O senador José Sarney (PMDB-AP) oficializou nesta quarta-feira sua candidatura à presidência do Senado. Depois de negar que seria candidato, Sarney acabou cedendo aos apelos da bancada e formalizou o ingresso na disputa. O discurso do senador é que, apesar de resistências pessoais, decidiu enfrentar a missão porque considera o país mais importante que suas próprias vontades.

A repórter da Folha Online em Brasília Gabriela Guerreiro diz que Sarney não quis adiantar as estratégias de campanha porque afirmou que só agora vai começar a busca por votos. "Nos bastidores, porém, o peemedebista já conta com o apoio da maioria dos parlamentares, inclusive de senadores da oposição."

Gabriela Guerreiro

O senador Tião Viana (PT-AC), adversário de Sarney no comando do Senado, vem sendo pressionado por aliados a deixar a disputa, de acordo com a jornalista. O Palácio do Planalto teme um racha na base aliada com a dupla candidatura de partidos que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Sarney disse, porém, que após a disputa com o PT pelo comando da Casa não haverá 'sequelas' dentro da base aliada governista. Na opinião do senador, o PMDB deve ficar com as presidências da Câmara e do Senado por reunir as maiores bancadas nas duas Casas", relata Guerreiro.

Apesar das pressões para sair da disputa, Tião Viana disse que vai até o fim. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), classificou as informações de que Tião poderia desistir das eleições como um "jogo de bastidores para desestabilizar o apoio" ao petista, informa Guerreiro.