Veranico prejudica o desenvolvimento da soja precoce em MT

Campos de Júlio e Sapezal receberam ontem visita dos representantes da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso e de uma consultoria no Pré Rally da Safra, que consistem em fazer a análise quantitativa e qualitativa da produção de soja precoce e semi-precoce no Estado. Dez amostras entre material precoce e semi foram coletados.

Pesquisadores constataram a alta incidência de pragas, como a vaquinha e a lagarta da soja e isto, segundo o gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, também pode estar relacionado à seca (veranico) que atingiu algumas localidades de Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio e Sapezal. Mas, das dez amostras analisadas não foram encontradas pragas relevantes devido à coleta da maioria delas ter ocorrido no final do ciclo. A maioria estava em estádio final da maturação.

A região Oeste apresenta baixa incidência de ferrugem asiática devido ao clima quente e seco, portanto, desfavorável ao desenvolvimento da doença. Na região, a média é de três aplicações de fungicidas nas lavouras, o que também foi essencial para evitar o alastramento da ferrugem. No primeiro dia de levantamento da Agroconsult, das dez amostras coletadas constatou-se que a doença está controlada. “A maioria dos produtores de Sapezal e Campos de Júlio se mostraram conscientes ao revelar que estão fazendo a média de aplicações necessárias para evitar o avanço da ferrugem”, informa o supervisor de campo da Aprosoja, Emerson Fecker.

Segundo a analista de mercado da Agroconsult, Rafaela Bottini, em pelo menos cinco amostras a variedade predominante de soja foi a tucunaré, uma das mais plantadas no estado. Na região foi identificada em apenas uma amostra a presença de soja transgênica. Segundo produtores de Sapezal, na safra 07/08 o plantio do grão modificado representou de 0,5% a 1% das lavouras, já nesta safra atingiu de 8% a 10%.