Pagot é "cotado" para ser ministro dos Transportes

Presidente de honra dos republicanos, Blairo Maggi, desconversa sobre assunto, mas há muitas articulações "costuradas" em Brasília

A desistência de Luiz Antônio Pagot na disputa pelo governo de Mato Grosso na sucessão do governador Blairo Maggi (PR), tem outra projeção para o futuro do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). Primeiro seria a forte chance dele ocupar a vaga de ministro dos Transportes, caso o atual titular, o senador pelo Amazonas, Alfredo Nascimento, um dos principais lideres do Partido da República, deixe a pasta para se dedicar a sua candidatura ao governo daquele e em segundo para ser um dos articuladores da candidatura da ministra Dilma Roussef à presidência da República na sucessão do presidente Lula.

O governador Blairo Maggi, que passou o dia de ontem em Brasília, segundo ele próprio, discutindo questões de obras e ações em parceria com o governo federal é um sinal de que existem articulações políticas acontecendo decorrente do processo político eleitoral que neste ano está muito mais adiantado que em outras épocas. Timidamente, Maggi desconversa sobre a ida de Pagot para o ministério.

Mas conversas de bastidores, durante todo o dia de ontem, eram de que existe negociação em andamento para que tanto Pagot quanto Blairo Maggi estivessem diretamente engajados na campanha pela presidência da República, o primeiro como estrategista e o segundo como membro do agronegócio, já que Maggi detém hoje relacionamento dos mais expressivos com o setor produtivo nacional e internacional.

Pagot já não esconde de ninguém que abandonou a tese da candidatura ao governo do Estado por não conseguir conciliar suas atividades no Dnit com a campanha eleitoral, mas sabe-se também que sua saída abre um enorme corredor para que seja construído um entendimento com todos os partidos do arco de alianças. "Se houver um entendimento nós poderemos sair da disputa vitoriosos" disse o vice-governador, Silval Barbosa (PMDB) um dos pré-candidatos que cita ainda os nomes do senador Jaime Campos (DEM), do deputado José Riva (PP), do também deputado Sérgio Ricardo (PR), Carlos Abicalil (PT) entre outros como possíveis candidatos de chapa consensual