Maior partido de MT se vê órfão de candidatura

O maior partido do Estado em número de prefeitos e de vice, de vereadores e de deputados se vê órfão de pré-candidatos ao governo estadual. Com a desistência do diretor-geral do Dnit, Luiz Pagot, que sonha em alçar vôo à cadeira de ministro dos Transportes com a provável desincompatibilização de Alfredo Nascimento, disposto a concorrer ao governo do Amazonas, o PR de Blairo Maggi tem agora como único nome colocado o do presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo. O problema é que a chamada turma da botina, grupo ligado ao governador, rejeita o nome do deputado.

Uma das opções dos republicanos seria o nome do empresário Mauro Mendes, derrotado no segundo turno no ano passado pelo prefeito cuiabano Wilson Santos. Acontece que Mendes está inelegível por três anos, conforme decisão da Justiça Eleitoral em primeiro instância. O próprio Pagot, em entrevista nesta quarta ao RDNews, deu ênfase a nomes de outras siglas, como do deputado federal Carlos Abicalil (PT) e do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), em detrimento do de Sérgio. Lembrou ainda de Mendes.

Pagot era a principal aposta de Maggi na corrida sucessória. Agora, o Palácio Paiaguás bate-cabeça para escolher outro pré-candidato. Uma reunião de cúpula na próxima semana servirá para debater o assunto. Enquanto isso, Sérgio não desiste. Ele enfatiza ser um parlamentar com mais experiência, mais maduro politicamente e preparado para o cargo. Mas o seu perfil de um político populista não agrada o grupo do governador.

Nas últimas eleições Sérgio tem procurado conquistar espaço, às vezes até de forma intransigente. Em 2004 foi candidato a prefeito de Cuiabá pelo PPS, mesmo partido que abrigava Maggi. Não passou do primeiro turno. No ano passado, eis que Sérgio ressurge pelo PR de Maggi para tentar de novo o Palácio Alencastro. Acabou barrado e, na bronca, fez "corpo mole" em relação à candidatura de Mendes.