Figueiredo deve ser o 2º de MT a virar ministro

Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo deve se tornar o segundo mato-grossense a ocupar cargo de ministro de forma efetiva. Hoje ele é secretário-executivo do Ministério das Cidades e tido como braço-direito e substituto imediato do ministro Márcio Fortes (PP), que já articula candidatura a senador pelo Rio de Janeiro. A disposição do ministro é deixar o primeiro escalão do governo do presidente Lula até 30 de abril do próximo ano.

Existem já nos bastidores articulação para Figueiredo ser o substituto de Fortes e conduzir o Ministério nos oito meses restantes do mandato de Lula. Figueiredo conta com respaldo da bancada do PP na Câmara e no Senado. O presidente nacional do partido, senador Francisco Dornelles (RJ), tem defendido a candidatura de Márcio Fortes, inclusive numa aliança com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e, para substituí-lo no Ministério, o nome de Figueiredo.

Para nomeações internas no governo é necessário ato administração. Já no caso de quem ocupa cargo de secretário-executivo, espécie de vice-ministro, não há necessidade de publicação de qualquer ato. A substituição é automática. Com isso, Rodrigo Figueiredo já assumiu interinamente a Cidades por seis vezes nestes seis anos do governo Lula.

História

O primeiro mato-grossense a se tornar ministro foi Dante de Oliveira, que estava no PMDB. Em maio de 86 ele deixou o cargo de prefeito de Cuiabá para ser ministro da Reforma Agrária do governo José Sarney. Ficou no posto até junho de 87. Três anos depois, Dante concorre pelo PDT a deputado federal, é o mais votado, mas não se elege por causa do coeficiente eleitoral. Em 92, reconquista cadeira de prefeito de Cuiabá. Depois veio a ser governador por dois mandatos e derrotado para o senador, em 2002. Morreu em 2006, em plena campanha para deputado federal.

Agora, 22 anos depois de Dante na Esplanada dos Ministérios, eis que surge outro mato-grossense na expectativa de virar ministro. Assim como o ex-governador, Figueiredo nasceu em Cuiabá. É filho do ex-deputado Milton Figueiredo. O secretário-executivo é formado em Direito, com especialização em direito público. Foi bancário e gerente de Expediente e de Atendimento Especial da Agência Itamaraty e de outras instituições financeiras, em Brasília. Ocupou diversos cargos públicos.

Nos últimos meses, Figueiredo tem se destacado em Mato Grosso pelo empenho nas articulações pelas obras do PAC e na liberação de outras fontes de recursos para o Estado e municípios. Virou aliado de carteirinha do governador Blairo Maggi.