Novos presidentes da Câmara e do Senado poderão influenciar sucessão presidencial
Nas duas Casas, a principal competência do presidente é definir a pauta a ser deliberada pelo Plenário. Na Câmara, o presidente tem, entre outras atribuições, a de substituir o presidente da República, na ausência deste e do vice-presidente, além de integrar os Conselhos da República e de Defesa Nacional. E é responsável pela administração dos recursos da Casa, que este ano somam mais de R$ 3,5 bilhões. Tanto na Câmara quanto no Senado, o cargo de presidente só pode ser ocupada por brasileiros natos.
O presidente do Senado também pode convocar extraordinariamente o Congresso Nacional, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da República. É ele quem convoca e preside as sessões do Senado e as sessões conjuntas do Congresso Nacional, além de administrar os recursos da Casa, cujo orçamento este ano é de R$ 2,7 bilhões.
No caso da Câmara Federal, Peixoto aponta, entre os benefícios do cargo, o fato de o presidente ser o terceiro na linha de sucessão à Presidência da República. “Só por isso, já é uma condição especial do ponto de vista político. Outra vantagem é que ele tem capacidade, juntamente com o Colégio de Líderes, de fazer a agenda do Legislativo. Tem também ascendência sobre os deputados, sobre as bancadas.”
Durante o recesso legislativo, que começou no dia 22 de dezembro, os candidatos à Presidência da Câmara e do Senado intensificaram as articulações políticas nas duas Casas. Na Câmara, a base aliada tem entre os postulantes ao cargo, Michel Temer (PMDB-SP) e Aldo Rebelo (PcdoB-SP), ambos ex-presidentes da Casa, e Ciro Nogueira (PP-PI).
No Senado, estão na disputa Tião Viana (PT-AC) e o ex-presidente da República e ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP).
Comentários