Minc anuncia redução de queimadas até 2020
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou nesta quarta-feira (21) que o plano de Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, a ser anunciado em fevereiro, virá acompanhado de uma novidade: uma lei nacional para a redução progressiva das queimadas em todas as plantações em áreas mecanizáveis já consolidadas, entre 2010 e 2020.
Além disso, a lei proibirá as queimadas nas áreas novas de expansão. "O Brasil estará 100% livre de queimadas em 2020", disse Minc. "Esse é um ganho muito importante porque, na queimada, se elimina matéria orgânica com perda de biomassa que geraria energia -, se emite CO2 e se agride o pulmão dos trabalhadores."
A decisão foi anunciada após reunião do ministro com o presidente Lula. Participaram do encontro também os ministros Reinhold Stephanes e Dilma Roussef, entre outros.
De acordo com o cronograma, as queimadas em plantações atuais serão reduzidas em 20% até 2010; em 30%, até 2012; em 50%, até 2014; em 80%, até 2018; e em 100%, até 2020. Para as áreas novas do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, a restrição às queimadas será total. O ministro informou que haverá uma série de medidas de direcionamento de crédito, de facilitação de maquinário e de restrições legais para garantir a redução das queimadas de acordo com o cronograma previsto.
Minc lembrou também que a lei irá determinar que a expansão da cana-de-açucar ocorra sem que se jogue vinhoto nos rios com uma tecnologia que o transforma em biofertilizante -, sem queimadas, e sem invadir áreas de produção de alimentos ou áreas protegidas. "Há acordo entre os ministérios de que não haverá nenhuma nova usina de cana no Pantanal, nem na Amazônia nem em áreas de vegetação nativa", disse Minc. "Temos 40 milhões de hectares para escolher seis, então não temos faltas de terras: o Brasil talvez seja o único país do mundo que pode expandir a produção do etanol e dos biocombustíveis sem entrar em um hectare de área protegida nem de produção de alimentos."
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