Prefeito de Cáceres retém repasse e já é acionado na Justiça
O prefeito de Cáceres Túlio Fontes (DEM) se recusa a liberar o repasse de R$ 212 mil dos recursos descontados na folha de dezembro dos servidores. O SSPM, sindicato que representa a categoria, resolveu, então, comprar briga com o prefeito recém-empossado. Vai ingressar na Justiça com mandado de segurança, a fim de obrigar o gestor a liberar os recursos. Segundo colocado nas urnas, Túlio assumiu a cadeira de prefeito devido à cassação do registro do prefeito reeleito Ricardo Henry (PP).
“É um absurdo. O Executivo reteve R$ 212 mil dos servidores referentes ao mês de dezembro do ano passado e pretende se apossar de mais R$ 193 mil relativo a janeiro de 2009”, diz o presidente sindical Vivaldo Gonçalves, ao anunciar a decisão de buscar a Justiça. “Vamos cobrar na Justiça porque não queremos problemas com os nossos credores. Além do mais, a dívida pode transformar em uma verdadeira bola de neve e quebrar o sindicato”.
Vivaldo informou que a decisão se deu após uma reunião com o prefeito no final de semana e, principalmente, pela reação dos servidores de suspender a distribuição dos chamados “chequinhos” até que a situação seja normalizada. “Não confiamos na promessa do prefeito, mesmo ele tendo se comprometido em manter contato com os nossos fornecedores para explicar o atraso”, disse.
A retenção dos repasses também provocou um mal-estar entre os próprios sindicalistas. Necessitando comprar combustível, comida e até medicamentos, alguns filiados defendem a liberação imediata dos chamados chequinhos. Outros liderados pela direção do SSPM preferem o embate com a administração.
Diante disso Vivaldo Gonçalves decidiu pela lavratura de uma ata que está sendo assinada pelos favoráveis à liberação dos vales. “A nossa intenção é isentar o sindicato de quaisquer responsabilidades, em caso de crise financeira”, argumentou. (Colaborou Sinézio Alcântara, de Cáceres)
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