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Economia
Domingo - 23 de Junho de 2013 às 10:06
Por: JULIO WIZIACK

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Os controladores da Oi e da Portugal Telecom (PT) já decidiram unir forças em uma só companhia. A "fusão", como batizaram o negócio, fará surgir uma operadora presente nos países de língua portuguesa, somando 101 milhões de clientes e receitas anuais de R$ 64 bilhões.

A Andrade Gutierrez e a La Fonte, sócias privadas da Oi, foram as únicas a se posicionar sobre o assunto. Por meio de sua assessoria, as empresas negam que esteja em curso uma fusão.

Folha apurou que as negociações estão em andamento e há riscos de que a operação não seja efetivada.

O modelo do negócio não está pronto. Uma das ideias é que, formalmente, a Oi faça uma proposta de compra à PT. Mas, na prática, a engenharia financeira (e societária) da operação seria a de uma fusão, sem desembolsos.

Isso porque os recursos serão reinvestidos na empresa, que precisa ser capitalizada.
O governo (por meio do BNDES) e os fundos de pensão já sinalizaram que continuarão na operadora. Só não disseram se a participação de cada um será mantida -o que exigiria novos aportes.

Ainda segundo apurou a reportagem, pelo desenho do negócio apresentado ao governo, o BNDES teria de fazer um aporte de cerca de R$ 3,5 bilhões para manter sua participação atual (13%).

GESTÃO

Outro ponto de discussão é a governança. Para haver acordo, o comando da companhia terá de ser compartilhado -uma exigência dos portugueses, que querem ter repetida na Oi a gestão da época em que dirigiam a Vivo com a Telefônica.

 

  Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress  



Foi assim até a decisão da PT de sair da Vivo e entrar na Oi, em julho de 2010. A transação só saiu após a interferência do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, que articulou a retirada do veto do governo português.

Os portugueses fizeram então um aporte de R$ 8,3 bilhões e passaram a deter 13% da Oi. Em contrapartida, a Oi adquiriu 10% da PT.

SOMENTE SINERGIAS

Por meio de sua assessoria, a Andrade Gutierrez Telecom diz que "o principal foco [do acionista] é maximizar os ganhos com as sinergias operacionais entre a Oi e a Portugal Telecom, já previstas no acordo de aliança industrial assinado em 2010, e, com isso, ter uma empresa forte na abrangência e qualidade de seus serviços e na satisfação de seus clientes".

Os sócios portugueses não retornaram até o fechamento. O BNDES não quis se pronunciar.






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