DEM adia para amanhã possível punição para deputado mato-grossense
O Conselho de Ética do diretório estadual do DEM adiou para amanhã, às 9h, o julgamento da representação interposta contra o deputado Walace Guimarães por suposta infidelidade partidária. O pedido de punição do parlamentar foi feito pelo candidato derrotado à Prefeitura de Várzea Grande, Júlio Campos, e deveria ser apreciado ontem.
Na reunião de amanhã, os cinco membros do Conselho vão avaliar o parecer do relator Paulo Guimarães, que já absolveu Walace no processo aberto após a campanha depois da acusação de que o parlamentar teria recebido dinheiro para apoiar a reeleição do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR).
O novo parecer do relator vem sendo mantido em sigilo e não tem qualquer relação com o processo anterior. "O Conselho analisará o relatório e depois encaminha o mesmo ao diretório estadual, que dará a palavra final sobre o caso", explica Oscar Ribeiro, presidente do DEM em Mato Grosso.
Walace nega ter apoiado a reeleição de Murilo, apesar de ter se recusado a subir no palanque de Júlio depois de ter a própria imagem veiculada na campanha, sem autorização, acusando o prefeito do PR. Contrariando ainda mais os correligionários, o parlamentar conseguiu nomear a esposa Jaqueline como secretária de Saúde de Várzea Grande. "Não pode ser considerada infidelidade deixar de apoiar alguém com quem você não concorda", diz o deputado.
Walace pode até sofrer uma repreensão pública ou até mesmo ser expulso pelos correligionários. Aos aliados, ele vem tentando demonstrar tranquilidade. Alega que, se for expulso, não deve perder o mandato por infidelidade partidária, já que a resolução 22.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê o perdão a parlamentares que trocaram de legenda no caso de grave perseguição ou desvio de ideologia no caso das direções partidárias.
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