Prefeito de Cuiabá aumenta próprio salário para R$ 14,3 mil
Enquanto secretário passa a receber R$ 9,2 mil, adjunto continua com subsídio congelado em R$ 2,7 mil; diretores, gerentes, coordenadores e chefes de gabinete ficam fora do reajuste
O prefeito Wilson Santos aumentou em mais de 40% o próprio salário, assim como do seu vice Chico Galindo (PTB) e dos 19 membros que compõem o primeiro escalão. Conforme a Lei 5.170, sancionada por Santos em 30 de dezembro, o prefeito passa a ganhar nada menos que R$ 14.310,00 (R$ 171,7 mil por ano). O intrigrante é que o prefeito de Cuiabá não concedeu aumento para os secretários-adjuntos, diretores, gerentes, coordenadores e chefes de gabinete.
Agora, enquanto um secretário da gestão tucana vai embolsar por mês R$ 9.288,00, o adjunto continua com o subsídio congelado em R$ 2,7 mil desde a administração Roberto França (1997/2004). Antes, um secretário ganhava R$ 6,1 mil. Diretor tem salário de R$ 2.050,00. Quem ocupa cargo de coordenador recebe R$ 1.640,00 e, chefe de gabinete, 1.050,00. Já gerente recebe somente R$ 810 mensais.
Salário para principais cargos da prefeitura:
Prefeito - R$ 14.310,00
Vice-prefeito - R$ 7.150,00
Secretário - R$ 9.288,00
Secretário-adjunto - R$ 2.700,00
Procurador-Geral - R$ 9.288,00
Presidente do Cuiabá-Prev - R$ 9.288,00
Presidente de Habitação - R$ 9.288,00
Presidente do IPDU - R$ 9.288,00
Diretor - R$ 2.050,00
Coordenador - R$ 1.640,00
Chefe de Gabinete - R$ 1.050,00
Gerente - R$ 810,00
De acordo com a lei, o procurador-geral do Município, José Antonio Rosa; o presidente do Cuiabá-Prev, Ronaldo Taveira; o diretor-presidente da Agência de Habitação, João Vieira; a diretora-presidente da Sanecap, Eliana Rondon; e a presidente do IPDU, Adriana Bussiki, também devem ser contemplados com salário de secretário, ou seja, com 9,2 mil (R$ 111,4 mil por ano). O vice-prefeito que recebe R$ 6,1 mil agora será contemplado com 7.150,00.
No caso de diárias, a lei estabelece valores entre R$ 250 a R$ 350 para viagens a outros Estados e, R$ 416 no caso de agenda oficial no exterior. Para secretários, a tabela define entre entre R$ 100 e 200 nos deslocamentos a municípios de outros Estaos e, R$ 333, em viagem internacional.
A decisão do prefeito de reajustar o próprio salário, do seu vice e dos secretários e, por outro lado, excluir outras categorias e funções, deixou uma série de servidores revoltados. No Palácio Alencastro, há um movimento silencioso de protesto daqueles que se sentiram excluídos do aumento salarial.
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