Jayme Campos cobra de prefeito permanência de Celcita

O senador Jayme Campos, cacique do DEM, cobrou do prefeito Wilson Santos a permanência da ex-deputada federal Celcita Pinheiro na secretaria de Assistência Socal e Desenvolvimento Humano de Cuiabá. Em princípio, Santos estava disposto a substituir Celcita pela ex-vice-governadora Iracy França, esposa do ex-prefeito e hoje deputado Roberto França (sem partido). Iracy também está filiada ao DEM (ex-PFL).

De todo modo, o prefeito assegurou a Jayme que a pasta continuará sob o DEM. Viúva do ex-senador Jonas Pinheiro, que faleceu em março do ano passado, Celcita foi indicação pessoal do próprio prefeito. Agora, seu nome acabou ganhando respaldo dos democratas. Para reforçar o pleito, Jayme acionou no trabalho de lobby e pressão o presidente estadual do partido, conselheiro do TCE aposentado Oscar Ribeiro.

Dirigente regional do PSDB, Wilson Santos não só vai atender o pedido dos democratas, principalmente após a intervenção do senador, como abrirá espaço na administração para outras indicações do partido. Sua estratégia é reforçar a aliança PSDB-DEM, visando as eleições gerais de 2010. Acontece que o prefeito cuiabano é pré-candidato a governador e aposta no DEM como reforço a seu palanque. A costuma em nível nacional já está praticamente consolidada.

No primeiro turno das eleições do ano passado, o DEM apoiou Walter Rabello (PP), que ficou em terceiro lugar. Já no segundo, o partido correu para os braços do tucano, que venceu Mauro Mendes (PR). Na busca por aliados, Santos não está nem aí para suas posições políticas do passado. Então deputado na década de 1990 e filiado ao PDT, ele fazia oposição dura a Jayme Campos, que foi governador de 1991 a 1994. Ambos prosseguiram em campos opostos até o ano passado. Agora, em nome da conveniência política e pessoal, viraram aliados.

Apesar de negar, Santos anuncia as mudanças do secretariado na próxima terça (20), já dentro de uma composição política visando a próxima eleição. Ele promete agradar partidos como PSDB, PTB, PDT, PV, DEM e até setores do PMDB e PR.