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Cidades/Geral
Sábado - 22 de Junho de 2013 às 20:03
Por: Ronaldo Pacheco/Priscilla Silv

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Ronaldo Pacheco / OD
Edio Martins de Souza, presidente da Ucamb, considera essencial investimentos em calçadas e segurança para pedestres
Edio Martins de Souza, presidente da Ucamb, considera essencial investimentos em calçadas e segurança para pedestres
Falta de estrutura, comportamento de risco e insegurança tornam a caminhada cada dia mais difícil, em alguns casos, campanhas de incentivo a grupos de pedestres têm se mostrado uma boa solução.


 
Calçadas largas, iluminação pública adequada e segurança podem fazer com que os moradores de Cuiabá retomem o hábito de andar a pé. A proposta está sendo discutida pela União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) com o movimento comunitário, para ser apresentada ao prefeito Mauro Mendes (PSB), provavelmente no segundo semestre.


 
“É notório que usar o automóvel para percursos curtos tornou-se algo muito mais comum do que há alguns anos. Os tempos mudaram, as cidades cresceram e também cresceu bastante a quantidade de pessoas que utilizam veículos individuais para locomoção”, observa o presidente da Ucamb, Edio Martins de Souza.


 
“Não faltam campanhas voltadas à saúde que estimulam as caminhadas, não somente como esporte, mas como meio de locomoção, com uma vantagem a mais: a redução da quantidade de carros nas ruas. Mas se requer ainda melhores condições de segurança e infraestrutura nos trajetos a pé”, pontua o dirigente da entidade mãe do movimento comunitário de Cuiabá.


 
Fundador do Fórum de Mobilidade Urbana da Grande Cuiabá, há tempos com atuação tímica, Edio Martins argumenta que até mesmo a segurança no trânsito tende a melhorar, com a garantia de proteção ao pedestre, com ações educativas sobre deveres e direitos, tanto deles quanto dos motoristas de automóveis e outros veículos. 


 
O vice-presidente da Ucamb e presidente da Associação dos Moradores do Ribeirão do Lipa, Jonail da Costa Silva, considera que Cuiabá mantém a falta de cultura e educação urbana, o que aumenta a insegurança nas ruas.


 
“Está provado que a segurança de uma rua está diretamente relacionada com a quantidade de olhos sobre ela. A maior segurança da rua é a quantidade de gente que circula nela”, explica Costa Silva.


 
E para que as ruas da Capital não fiquem cada vez mais vazias e transformem-se em locais com maior percepção de segurança, segundo Edio Martins, alguns bons exemplos chamam atenção. É por isso que a Ucamb irá pressionar a administração Mauro Mendes a tornar as condições dos pedestres mais receptivas e preenchem as calçadas com grande quantidade de pessoas. 


 
“Isso implica construir calçadas com pavimentação adequada e abrigos para sol e chuva, plantar árvores para fazer sombra em dias mais quentes e oferecer atividades nas ruas para que as pessoas se sintam atraídas a andar a pé”, explica Martins de Souza.


 
Já Jonail da Costa lembra que a gestão de trânsito e mobilidade urbana deve ter no pedestre a prioridade e não somente aquele que faz o trajeto todo a pé, mas também aqueles que integram a caminhada com outro meio de transporte. “A tendência é que cada vez mais pessoas sejam estimuladas a usar outros meios de transporte; é preciso gerir de forma inteligente todas as opções – a pé, de bicicleta, ônibus, VLT e até mesmo o carro particular”, recomenda Costa Silva.


 
Por isso, a Ucamb solicita que a estrutura das calçadas e vias utilizadas pelos pedestres tornam-se fatores motivacionais para que mais pessoas possam aderir às caminhadas. 


 
“Um dos principais problemas é a falta de lugares com boas calçadas e espaços para circulação segura dos pedestres; em alguns bairros de Cuiabá, com péssimas calçadas, o índice de caminhadas é muito baixa”, completa Edio Martins.


 
A sugestão inicial do movimento comunitário é a melhoria do pavimento e largura das calçadas, semáforos para pedestres, travessias elevadas e iluminadas, passarelas e faixas para cruzar a via em segurança são medidas de incentivo à caminhada. “O pedestre tem que ser estimulado a ser pedestre e o motorista precisa aprender a dar preferência a ele, reduzindo a velocidade, dando passagem e esperando que conclua a travessia”, conclui a Ucamb.





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