MPE pede cassação de Augustinho por caixa 2
Segundo a denúncia do MPE, Heleno Bernardino da Silva e suas filhas Débora Bernardino da Silva e Aldenira Lessa de Souza, além do moto-boy Anderson da Cruz Nunes, receberam valores que variam entre R$ 150 e R$ 300 para colocar placas do então candidato do PR e também do vice Marciolino Corte Souza, em suas casas ou adesivar veículos. Segundo depoimento de Débora, ela aceitou R$ 150 porque passava por dificuldades financeiras. Seu pai Heleno recebeu R$ 300 e, a irmã, R$ 250. Já o moto-boy ganhou R$ 250 para adesivar a moto e teria gravado a possível negociata em um CD, que foi entregue ao MP.
O áudio gravado apresenta má qualidade e não pode ser utilizado como prova cabal da acusação sobre compra de votos. A partir das denúncias, a promotora abriu inquérito. Por fim, após oitivas e coleta de documentos, decidiu pedir a cassação do prefeito, reeleito com 4.300 votos. O ex-deputado derrotou nas urnas dois candidatos: Edvaldo Porto, o Formigão (PP), que teve 974 votos, e Romildo Sandro (PTB), que ficou com 384 votos. O ex-prefeito Nelson Dias de Moraes (DEM) foi punido com indeferimento do seu registro na reta final da campanha e, na contabilidade dos votos, seu nome aparece "zerado".
Como os valores pagos pela colocação das placas não constam na prestação de contas, o MPE pressumiu que houve capitação ilícita, ou seja, uso de caixa 2, o que complica mais ainda a situação jurídica do prefeito reeleito.
Augustinho de Freitas, irmão do ex-deputado estadual e ex-vice-prefeito de Várzea Grande, José Carlos de Freitas (DEM), rebate as acusações. Ele diz estar tranquilo e chega a dizer que confia no trabalho do MPE, que o denunciou. Assegura não ter cometido nenhum ato ilícito. Augustinho prepara defesa na esperança de salvar o segundo mandato.
Comentários